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Por que cães montam em pessoas? Entenda esse comportamento e como lidar

É comum que tutores fiquem desconcertados ao ver seu cãozinho montando em pernas, almofadas ou até em outros cães. Embora esse comportamento seja frequentemente associado ao instinto sexual, a verdade é que a “monta” pode ter várias origens — e nem todas têm relação com o acasalamento.

Seja em filhotes, adultos ou cães já castrados, esse ato pode estar ligado a fatores como excitação, ansiedade, tentativa de dominação ou busca por atenção. Neste artigo, você entenderá as razões mais comuns pelas quais cães demonstram esse comportamento e aprenderá maneiras de lidar com ele de forma positiva e eficaz.

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O que significa o comportamento de montar?

Mais do que um ato sexual

Quando falamos em cães montando, logo vem à mente o instinto reprodutivo. De fato, a excitação sexual pode ser uma das razões, especialmente em machos não castrados. No entanto, essa atitude é mais complexa do que parece. Montar é uma expressão de comportamento que pode envolver brincadeira, estresse, tentativa de controle, ou até desconfortos físicos.

Cães de todas as idades e sexos montam

Esse comportamento não se limita a machos não castrados. Fêmeas e cães já esterilizados também podem montar. A frequência e os alvos dessa atitude (pessoas, brinquedos, almofadas ou outros cães) ajudam a identificar a causa e a forma correta de abordagem.

Principais causas para o comportamento de monta

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Edição – Bestofweb/Canva

1. Instinto sexual

Mesmo que não seja a única explicação, o comportamento de monta pode sim estar relacionado ao desejo sexual, especialmente em cães que ainda não passaram pela castração. Em fêmeas, esse comportamento pode ocorrer no cio; nos machos, pode ser contínuo conforme a produção hormonal.

O que observar:

  • Frequência do comportamento aumenta perto de fêmeas no cio
  • Tentativa de montar outros cães durante passeios
  • Atos repetitivos após estímulo visual ou olfativo

2. Brincadeira entre filhotes

Cães jovens frequentemente montam uns nos outros durante as brincadeiras. Isso acontece principalmente durante a socialização, quando estão aprendendo limites. Nesse caso, o comportamento geralmente é momentâneo e tende a desaparecer com o tempo.

Importante saber:

  • Acontece entre irmãos de ninhada
  • Geralmente sem tensão ou sinais de conflito
  • Pode ser ignorado, salvo quando se torna excessivo

3. Estresse ou ansiedade

Muitos cães recorrem à monta como uma válvula de escape emocional. A ansiedade por separação, mudanças na rotina, ou a ausência prolongada do tutor podem desencadear esse comportamento.

Sinais associados:

  • Acontece após mudanças na casa
  • Acompanhado de lambedura excessiva, inquietação ou choramingos
  • O cão monta objetos repetidamente, como almofadas e cobertores

4. Busca por atenção

Se o cachorro percebe que montar gera uma reação — mesmo que seja bronca ou riso —, ele pode repetir o comportamento sempre que quiser atenção. Isso é especialmente comum em lares com pouca interação ou onde a rotina de estímulos é escassa.

5. Excesso de energia e falta de estímulos

A energia acumulada em cães com pouco exercício físico ou mental pode levar a comportamentos compulsivos, como montar, roer objetos ou latir sem parar.

Solução preventiva:

  • Caminhadas regulares
  • Brinquedos interativos
  • Sessões de adestramento básico

6. Tentativa de dominar

Em alguns contextos, a monta pode ser uma forma do cão tentar estabelecer controle sobre outro animal ou até sobre uma pessoa. No entanto, nem sempre isso indica agressividade — pode estar mais relacionado à insegurança.

Cães castrados também montam?

Sim. A castração reduz os níveis hormonais ligados à excitação sexual, mas não elimina comportamentos já aprendidos ou reforçados. Em casos onde o comportamento tem fundo emocional ou comportamental, a castração pode ajudar, mas não resolve sozinha.

Como agir quando o cachorro monta?

1. Interrompa com calma e redirecione

Evite gritar ou empurrar o cão. O ideal é interromper o ato com firmeza verbal (“não” ou “chega”), redirecionando a atenção dele para um brinquedo, petisco ou comando de obediência.

2. Não reforce o comportamento

Se o cão montar e receber carinho, riso ou qualquer forma de atenção — mesmo negativa —, ele entenderá que aquilo chama sua atenção. O ideal é ignorar e interromper, sem reforçar o comportamento.

3. Dê mais atividade ao seu pet

Muitas vezes, a monta está ligada à falta de estímulos. Caminhadas, brincadeiras, enriquecimento ambiental e sessões curtas de treino são ótimos para gastar energia física e mental.

4. Crie uma rotina consistente

Rotinas equilibradas ajudam a reduzir a ansiedade. Horários regulares para passeios, alimentação, brincadeiras e descanso criam um ambiente previsível e menos estressante para o animal.

5. Avalie com o veterinário

Se o comportamento surgir de forma repentina ou estiver muito frequente, o ideal é fazer uma consulta veterinária para verificar se há causas clínicas por trás da atitude — como dor, alergias ou distúrbios hormonais.

Quando procurar ajuda especializada

Se, mesmo após tentativas de redirecionamento, o comportamento persistir ou causar desconforto em casa (como o cão montar em visitas, crianças ou outros pets de forma insistente), o acompanhamento com um adestrador ou especialista em comportamento canino é o mais indicado.

Eles podem avaliar o histórico do pet, identificar os gatilhos e propor um plano personalizado com técnicas positivas e eficazes.

Comportamentos parecidos que confundem os tutores

Algumas atitudes caninas podem parecer monta, mas não são:

  • Apoio do queixo nas costas de outro cão: é um gesto de domínio sutil.
  • Saltar com as patas nas pernas das pessoas: pode ser saudação ou pedido de atenção.
  • Rolar em cima de brinquedos ou cheiros: não tem ligação com sexualidade.

Considerações finais

O hábito de montar não é apenas uma questão de hormônio — ele pode ser uma forma do cão expressar emoção, ansiedade, energia ou até de se comunicar com o ambiente. Embora seja normal em várias fases da vida do pet, o comportamento precisa ser compreendido e, se necessário, redirecionado para garantir a saúde física e emocional do animal.

O mais importante é nunca punir o cão de forma agressiva, mas sim oferecer alternativas saudáveis de comportamento. Com paciência, estímulo e, se necessário, apoio profissional, é possível ajudar o pet a se equilibrar e viver melhor em família.

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