Quem não se lembra da polêmica história do garoto Bruno, do Acre? Que desapareceu e deixou as paredes cheias de coisas escritas, 14 livros criptografados que falam sobre ciência, filosofia, ocultismo e física quântica e uma estátua do filósofo Giordano Bruno?
Pois bem. Parece que a polícia agora descobriu um fato um tanto quanto curioso sobre o caso. Aparentemente, os móveis – um rack e uma cama – do adolescente estavam na casa do amigo Mário Gaiote. Ele agora está preso por falso testemunho, mas pode ainda ser solto após esclarecimentos.
Além disso, o delegado Alcino Júnior, disse que na casa dele foram encontrados contratos que Bruno deixou como parte da venda dos livros para o garoto e para um primo, Eduardo Borges.

“Ele [Marcelo Ferreira] mentiu e omitiu informações na primeira vez que foi ouvido a respeito do caso do desaparecimento do Bruno. Inclusive, ele foi responsável por retirar a cama e o rack do quarto do Bruno. Ele foi conduzido até a delegacia para ser ouvido novamente, mas, no momento, ele está preso”, disse ao G1.
Pelo que os policiais afirmaram, tudo parece ter surgido como um plano do estudante para divulgar os livros. “No dia que o Bruno some, ele foi no cartório e registra o contrato.
Então, para nós fica muito contundente que não foi um desaparecimento qualquer, na verdade, foi um plano consciente de afastamento, e o contrato mostra que há prazo para divulgação desses livros, prazo para publicação, destinação de porcentagem para quem o ajudou, no caso, essas três pessoas que o ajudaram de imediato. Para nós, está muito claro isso”, disse Alcino.

Aparentemente, cerca de 15% do dinheiro iria para Marcelo Ferreira, outros 15% para Eduardo Borges e os 5% para Mário Gaiote.
Para a família, não foi nem um choque Bruno já ter realizado o contrato sobre o direito dos livros. “Desde o dia do desaparecimento soubemos do contrato, e isso nunca nos disse muita coisa a respeito. Até porque, para que os planos do Bruno deem certo, ele precisa de dinheiro. Afinal, não dá pra construir hospitais e ajudar quem precisa só com amor no coração. Então nem comecem com nhenhenhe!!!”, revelou Gabriela Borges, irmã do garoto.
Para ela a investigação está acabando com a imagem de seu irmão: “Qual o problema ele fazer um contrato para ajudar amigos que o ajudaram? […] Quem conhece o Bruno sabe exatamente do que passa em seu coração e qual sua verdadeira intenção com a publicação da sua obra, que por sinal, é muito interessante.”

Vale lembrar que a última vez que a família viu o menino foi logo após o almoço quando todos saíram, menos ele. Quando o pai retornou, ele já havia sumido, deixando todos aqueles livros, escritos e, claro, a estátua de R$20 mil reais (emprestados do primo Eduardo Borges de Velloso Viana).
E aí? Insana essa história, não? O primeiro livro dentre os 14 deve ser publicado logo mais pela família. O que você acha que Bruno estava tentando fazer, afinal?
Fotos: Reprodução/Facebook, Reprodução/Rede amazônica Acre, Aline Nascimento/G1.












