Em 2005, a exposição “Polônia, Israel, Alemanha – A experiência de Auschwitz”, exibiu um vídeo gravado em 1999, mas que somente agora ganhou repercussão – e gerou uma forte polêmica.
O artista polonês Artur Żmijewski filmou algumas pessoas nuas brincando de pega-pega em uma sala escura e fechada (clique aqui para ver algumas imagens do registro). Contudo, a mais recene descoberta é de que a gravação foi feita no campo de concentração de Stutthof, local onde mais de 65 mil pessoas foram mortas.
A descoberta foi realizada pelo advogado judeu David Schonberg após ele ver imagens da família real britânica em visita à cidade. David notou que o local apresentava manchas idênticas na parede que o campo de concentração.
De de acordo com a BBC, assim que as informações foram levadas a especialistas do Yad Vashem (museu do Holocausto em Jerusalém), eles confirmaram a autenticidade do relato do advogado.

Revolta justificável
Sobreviventes do Holocausto foram tomados por um forte sentimento de revolta. Muitos deles cobraram explicações do presidente da Polônia, Andrzej Duda. O principal questionamento era sobre como o artista teria conseguido fazer aquele tipo de gravação na câmara de gás.
“É realmente ultrajante. Espero que o presidente da Polônia crie regras para garantir que coisas assim não aconteçam novamente”, comentou o chefe do Centro Wiesenthal (organização de direitos humanos cujo enfoque está em temas relacionados ao Holocausto), Efraim Zuroff.
Vale ultrapassar uma barreira tão delicada em nome da arte?
Fonte: Catraca Livre












