Para as pessoas com demência, que geralmente são menos ativas fisicamente e mais isoladas, os ambientes agrícolas promovem o movimento e a interação social.
E as fazendas de cuidado também podem ter benefícios emocionais, dando aos participantes um senso de propósito e uma contribuição significativa.
“Não nos concentramos no que está faltando, mas no que ainda resta”, diz Arjan Monteny, cofundador da Boerderij Op Aarde, “o que ainda é possível desenvolver em todos”.
A agricultura de cuidado começou a crescer em popularidade na Holanda no final da década de 1990. De acordo com o pesquisador da Universidade de Wageningen, Jan Hassink, as fazendas, espremidas financeiramente à medida que os custos agrícolas aumentavam e os preços dos alimentos caíam, procuravam maneiras de se tornar mais multifuncionais.
Ao mesmo tempo, um movimento estava surgindo na Holanda para reduzir o uso de instituições, parte de um crescente reconhecimento de que as pessoas com deficiência tinham o direito de serem ativas na sociedade.
Algumas décadas depois, a agricultura de cuidado está bem estabelecida na Holanda, e o interesse no modelo para pessoas com todos os tipos de deficiência está crescendo na Europa, nos EUA e em muitos outros países, diz Hassink.
Como opção de tratamento da demência, é uma solução que se torna mais relevante a cada ano que passa. As taxas de demência são projetadas para mais que dobrar em dobrar em todo o mundo até 2050.
No entanto, a melhor forma de cuidar dessas pessoas continua sendo uma questão com a qual muitos países ainda estão lutando.
