Hannah e Ben Day queriam muito ter um filho. Então, resolveram optar pela fertilização in vitro. Dá para imaginar a alegria do casal ao descobrir que estavam esperando a primeira filha! Ela era um milagre para eles.
A gestação ocorria bem até que na 36ª semana, eles receberam uma notícia delicada: a pequena Iris tinha Síndrome de Down. Além disso, um exame mostrou que ela nasceria com uma condição chamada defeito do septo atrioventricular. O problema, caracterizado por ‘buracos’ no coração, é comum em crianças com Down.
Não receberam nenhum apoio dos hospitais:
O casal foi encaminhado para um consultor de medicina materno-fetal, que os aconselhou a abortar. Hannah e Ben não poderiam ter ficado mais indignados, até porque essa opção nunca passou pela cabeça deles, ainda mais nesse estágio avançado da gestação.

Uma semana depois, o diagnóstico foi confirmado e o NHS – Serviço Nacional de Saúde lhes providenciou um panfleto nem um pouco incentivador:
“Era uma lista do tamanho de um braço dizendo: ‘Estas são as coisas que podem estar errado com seu filho; Estes são os desafios que você vai enfrentar'”, disse Ben Day. “Basicamente, tudo o que ouvimos do NHS foi muito negativo”.

Toda a discriminação que sofreram do NHS os deixou ainda mais certo de uma escolha: levar a gestação adiante! A menina nasceu em 2016 e precisava de uma cirurgia do coração urgentemente. Os médicos adiaram o procedimento três vezes e Iris acabou falecendo antes que operasse, com cinco meses. Hoje, seus pais se perguntam se ela ainda estaria viva caso não tivesse sofrido todo esse descaso:
“Desde o início, sentimos que fomos direcionados para um aborto”, disse Ben.
“Eu simplesmente não concordo com essa noção de que, se o bebê não for perfeito, não deve ser trazido para o mundo”, acrescentou a mãe. “Porque Iris era um bebê de fertilização in vitro, para nós ela era nosso pequeno milagre. Ela era tão desejada – e todos os dias com ela eram preciosos. “, completou.
Na Inglaterra, os abortos são legais até a 24ª semana. Mas, caso seja diagnosticado anomalias no bebê, o aborto pode ser feito até o nascimento.












