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Pai adapta bicicleta para levar filha à escola por ela não poder ser levada por transporte escolar

By admin

March 10, 2017

Nem tudo vem fácil quando precisamos, essa é a realidade. Devemos nos adaptar e agir por livre e espontânea vontade para podermos atingir nossos objetivos e ajudar nossos semelhantes.

Em São Carlos (SP), um pai desempregado cria um projeto incrível e único para levar sua filha à escola. Juracir Ferreira Faustino de Souza teve problemas quando sua filha Maria não pode ser levada da escola para casa pelo transporte escolar. De acordo com a Secretaria de Educação, ela tem direito ao ônibus mas, por ter 3 anos de idade, precisaria estar acompanhada do responsável.

Como moram em uma zona rural e a 40 km de distância da escola, Juracir precisava bolar algo, ou sua filha não teria como estudar. Então adaptou sua bicicleta com uma cortina de banheiro e uma cadeirinha para criança. Juntos, faça sol ou chuva, atravessam uma estrada de terra, a rodovia e o trânsito urbano em um trajeto que dura uma hora e meia, começando A`s 05h20 da manhã.

Todos os dias ele percorre o mesmo caminho para deixar a pequena na escola e depois o repete para buscá-la. “Não sei o motivo já que o ônibus passa na porta, pega meu sobrinho, mas não pega ela. Eles alegam que não podem levá-la porque ela ainda não tem quatro anos, a diferença é de cinco meses apenas”, disse o pai. Mas, para ele, tudo tem um motivo e merece tal esforço: “Quero dar a ela o que eu não tive, porque eu não tive essa oportunidade”.

Em entrevista à EPTV, o secretário de Educação, Nino Mengatti, informou que por, não ter a idade mínima necessária, Maria da Vitória teria que ser acompanhada por um responsável até a escola. “Nós não podemos permitir que crianças com menos de 6 anos viagem desacompanhadas por questões que esses ônibus não têm cadeirinha. É um risco para a criança e a família”, declarou.

Em entrevista, Nino Mengatti, secretário de Educação, contou que existem outras crianças com a mesma situação: “Em nenhum momento a Secretaria deixou de acompanhar o caso ou prestar assistência, o empenho nosso foi para resolver, mas isso não há como mudar, não posso abrir uma exceção. Há milhares de pessoas desempregadas e nem por isso deixam de acompanhar seus filhos”.

Fotos: Reprodução / Reginaldo dos Santos, EPTV