Os médicos duvidaram que viveriam. 13 anos depois, eles mal podem acreditar em como elas fazem para sobreviver
Às vezes, você briga com algum de seus irmãos e já corre para seu quarto para ficar longe ou simplesmente deixa de responder as mensagens dele, mas isso não é possível no caso de Tatiana e Anastasia.
As duas gêmeas siamesas, hoje com 13 anos, precisam completamente uma da outra. Nasceram em Roma, na Itália, e a família logo depois decidiu ir morar nos Estados Unidos para que as elas fossem examinadas por especialistas em bebês siameses.
Claudia, mãe das meninas, sabia que estava esperando gêmeas idênticas, mas só descobriu q eram siameses quando estava com 5 meses de gestação. De acordo com o cirurgião plástico, David Dunaway, a maioria dos gêmeos unidos pela cabeça não sobrevivem ao nascimento.

A expectativa de vida no início era de 24h, mas Tatiana e Anastasia mudaram completamente isso. Claudia e o marido estavam determinados em dar às filhas uma infância feliz. “Quando as pessoas encaram, é porque elas não sabem como reagir. As pessoas nos param e fazem perguntas e isso é normal, porque isso não é uma coisa que você vê todo dia”, conta a mãe.
Claudia e o marido estavam determinados em dar as meninas uma infância feliz. “Quando as pessoas encaram, é porque elas não sabe como reagir. As pessoas nos param e fazem perguntas e isso é normal, porque isso não é uma coisa que você vê todo dia”, afirma.

Ana e Tati não ficam constrangidas com tanto interesse. “Você não pode dizer que elas não podem fazer alguma coisa, que elas vão tentar até conseguir”, diz.
Mesmo tento uma vida normal, as meninas possuem alguns problemas de saúde. As pernas da Tati são pouco desenvolvidas e ela usa um aparelho ortopédico, o rim de Ana não funciona, mas o da Tati funciona para as duas e ambas têm deficiência visual. “Só de ver as meninas crescendo e fazendo coisas que a gente achava impossível, só de pode rolhar pra elas, isso já é um milagre pra gente todos os dias”, disse Claudia.

Anastasia faz a maior parte do trabalho, mas a Tatiana tenta se coordenar com a irmã e ajudar. É um trabalho em equipe! Quando tinham três anos, começaram um processo para iniciar a cirurgia de separação, mas infelizmente, durante as 10h de intervenção, a pressão arterial delas ficou instável demais e seus cérebros começaram a inchar perigosamente. A operação foi interrompida.
No final, acabou sendo impossível separar as duas com segurança. Quando Cláudia ficou decepcionada, teve de mudar o foco e ver que aquilo não era o fim do mundo, mas foi um momento crucial. “É difícil, pois são duas pessoas diferentes, com personalidades diferentes e que querem coisas diferentes”, diz.

“Toda criança muda a vida dos pais, mas aqui mudou em dobro”, finaliza a mãe. Sem dúvidas, não é fácil ver suas filhas passando por situações assim, mas se elas aceitam o que vivem, quem são os pais para constar? Linda história, não é?
Fotos: Reprodução

