A edição 2025 do ranking de bilionários latino-americanos revelou mudanças importantes na composição das maiores fortunas da região. O levantamento atual mostra que, apesar da instabilidade econômica global e das flutuações nas moedas locais, alguns nomes continuam firmes no topo, enquanto outros se destacaram por crescimento expressivo.
A seguir, você confere quem são os cinco homens mais ricos da América Latina em 2025, suas fortunas estimadas, setores de atuação e o que explica suas posições no ranking.
Atualizado em junho de 2025, com base em dados de mercado, relatórios da Forbes e análises de consultorias financeiras.
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1. Carlos Slim Helú (México)
Fortuna estimada: US$ 82,5 bilhões
O empresário mexicano Carlos Slim segue na liderança como o mais rico da América Latina. Apesar da queda no valor de suas ações em comparação ao ano anterior, ele mantém uma fortuna robusta, alicerçada principalmente no setor de telecomunicações.
Principais negócios
Slim é o controlador da América Móvil, maior operadora de telefonia móvel da América Latina, além de comandar o Grupo Carso, conglomerado que atua nas áreas de construção, energia, varejo e infraestrutura.
Por que ainda lidera?
Mesmo com perdas financeiras nos últimos meses, a amplitude dos investimentos e o controle sobre setores estratégicos mantêm Slim como o bilionário mais consolidado da região.
2. Eduardo Saverin (Brasil)
Fortuna estimada: US$ 34,5 bilhões
Co-fundador do Facebook, Eduardo Saverin se destaca como o brasileiro mais rico do momento. Morando em Singapura, ele diversificou seus investimentos nos últimos anos, o que impulsionou sua fortuna mesmo após a saída da rede social.
Atuação no mercado
Saverin é fundador do B Capital, fundo de investimento global com foco em inovação, tecnologia e saúde. Sua visão internacional e o capital aplicado em startups têm gerado retornos significativos.
Destaque em 2025
O empresário apareceu entre os 60 maiores bilionários do mundo e se consolidou como um dos investidores mais influentes da nova economia digital.
3. Germán Larrea Mota-Velasco (México)
Fortuna estimada: US$ 28,6 bilhões
Vice-líder mexicano no ranking, Germán Larrea é dono do Grupo México, uma das maiores empresas de mineração do mundo. Ele também tem participação nos setores ferroviário e energético.
Como construiu sua fortuna
O negócio central de Larrea está no cobre, cujos preços oscilaram nos últimos meses, mas seguem em alta no longo prazo. A recuperação econômica da China e a demanda por metais para tecnologia verde favoreceram seus lucros.
Desempenho recente
Apesar da volatilidade nos mercados de commodities, Larrea manteve estabilidade patrimonial, mesmo sem grandes avanços em relação a 2024.
4. Jorge Paulo Lemann (Brasil)
Fortuna estimada: US$ 15,5 bilhões
Veterano no ranking, Jorge Paulo Lemann aparece mais uma vez entre os mais ricos do Brasil e da América Latina. Sua fortuna está ligada ao setor de bebidas e alimentos, com forte presença global.
Empresas controladas
Lemann é sócio da 3G Capital, que controla gigantes como AB InBev (AmBev e Budweiser) e Kraft Heinz. Sua atuação foca em eficiência operacional e fusões estratégicas.
Participação social
Nos últimos anos, Lemann tem dedicado mais tempo à Fundação Lemann, que atua em projetos de educação no Brasil. Mesmo assim, seus negócios continuam gerando lucros bilionários.
5. Ricardo Salinas Pliego (México)
Fortuna estimada: US$ 13,9 bilhões
Fechando o top 5, o empresário mexicano Ricardo Salinas Pliego é dono do Grupo Salinas, com atuação em comunicação, varejo e serviços financeiros.
Empresas em destaque
Entre seus negócios estão a TV Azteca, a rede de lojas Elektra e o Banco Azteca, muito presente em comunidades de baixa renda no México e em países vizinhos.
Crescimento sustentado
Mesmo com desafios macroeconômicos, Salinas conseguiu manter o ritmo de crescimento de seu grupo empresarial, impulsionado pelo consumo interno e pela digitalização dos serviços bancários.
Contexto econômico e impactos na lista de bilionários

Queda no número de bilionários latino-americanos
De acordo com relatórios recentes, a América Latina perdeu 15 bilionários em relação ao ano anterior, totalizando 95 nomes no ranking de 2025. Isso se deve, em grande parte, à desvalorização cambial e à instabilidade dos mercados acionários.
Brasil: metade dos bilionários da região
O Brasil ainda representa mais da metade dos bilionários latino-americanos. Mesmo com alguns nomes em queda, o país mantém figuras relevantes como:
- Vicky Safra e família (US$ 20,7 bilhões)
- Marcel Herrmann Telles (US$ 7,6 bilhões)
- André Esteves (US$ 6,9 bilhões)
América Latina enfrenta desigualdade crescente
O crescimento das fortunas em um contexto de crise econômica nos países da região acende um alerta para a concentração de renda. A diferença entre os bilionários e a população de baixa renda continua aumentando, gerando pressão social e política.
Setores mais lucrativos na América Latina
Telecomunicações e tecnologia
Empresários como Carlos Slim e Eduardo Saverin mostram que telecomunicações e tecnologia continuam sendo áreas estratégicas, especialmente em tempos de transformação digital e inclusão digital nos países emergentes.
Mineração e commodities
A demanda global por metais como cobre, lítio e ouro manteve bilionários do setor, como Germán Larrea, em alta. As mudanças energéticas no mundo também favorecem esses recursos naturais.
Bebidas e alimentos
Empresas do setor alimentício e de bebidas, com presença internacional, como as comandadas por Lemann, seguem resilientes mesmo durante instabilidades econômicas.
Varejo e serviços financeiros
O modelo de negócios adotado por Ricardo Salinas mostra como o varejo tradicional ainda tem espaço de crescimento, especialmente quando aliado a soluções financeiras digitais e acessíveis.
Expectativas para os próximos anos
Novas lideranças em ascensão
Empresários ligados ao setor de tecnologia financeira (fintechs), energia limpa, logística e e-commerce podem aparecer no ranking de 2026. O crescimento das startups e das criptomoedas também influencia novos perfis de milionários e bilionários.
Estabilidade pode redefinir posições
Mudanças na política monetária dos países, variações cambiais e novos investimentos podem fazer com que fortunas cresçam rapidamente — ou sofram perdas abruptas. A valorização do real, por exemplo, pode impulsionar brasileiros no ranking.
Legado e filantropia em foco
Carlos Slim, Jorge Paulo Lemann e outros empresários da lista têm sinalizado maior participação em ações sociais, o que pode redefinir o papel dos bilionários em relação à sociedade.
Considerações finais
O ranking dos homens mais ricos da América Latina em 2025 reflete um cenário dinâmico, marcado por concentração de riqueza em setores estratégicos e figuras já consolidadas. Carlos Slim continua no topo, mas nomes como Eduardo Saverin e Germán Larrea demonstram força e diversificação de atuação.
Apesar de uma queda geral no número de bilionários da região, os que permanecem no topo seguem influentes, poderosos e prontos para os próximos desafios econômicos. O que vem a seguir dependerá não apenas de bons negócios, mas da capacidade de adaptação em um mundo cada vez mais conectado, volátil e exigente.













