Na última quarta-feira (25) o Presidente Michel Temer foi internado em consequência de “desconfortos” causados por uma obstrução urológica. A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa do Chefe de Estado, que afirmou que na mesma noite ele recebeu alta e precisou repousar em sua casa.
Contudo, afinal de contas, o que é esse problema de saúde que atingiu Temer?
Em entrevista ao portal Saúde, da Abril, Carlos Passerotti, urologista do Instituto da Próstata e Doenças Urinárias e coordenador do Centro de Cirurgia Robótica do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, explica que a obstrução urológica se trata de “um bloqueio em alguma parte do trato urinário que culmina em dificuldade para fazer xixi”. O que ocorre é um “travamento” no canal urinário.
A condição é mais comum nos homens – de idade mais avançada – e pode acontecer em ocorrência de um cálculo renal. E existe uma boa chance de haver a hiperplasia da próstata. “Em resumo, é um inchaço desse órgão que pode, entre outras coisas, espremer o canal urinário”, diz o médico.
Passerotti explica que podem ser inúmeras as causas da obstrução e não somente o aumento da próstata. O especialista conta que até mesmo remédios para desentupir o nariz podem alguma interferência.

Sintomas
Normalmente o maior problema costuma ser a questão da dificuldade em expelir o xixi. No casos agudos a dor costuma ser intensa. Já quando a condição é crônica, a bexiga é dilatada e a dor diminui, mas “o acúmulo de urina na bexiga e no canal urinário favorece infecções, sangramentos, cálculos na bexiga e até lesão nos rins”, explica o urologista.
Tratamento
Os tratamentos são mediados de acordo com cada situação que motive o surgimento da doença. No caso das infecções, o uso de antibióticos pode ser o suficiente. Se o fator causado for cálculo renal, é necessário que ele seja removido. E para os casos de hiperplasia de próstata, uma cirurgia pode ser a solução ideal. É fundamental que o excesso de urina seja retirado.
“Cabe destacar que essa operação é completamente diferente de uma para retirar um câncer de próstata. (…) O risco de disfunção erétil ou incontinência urinária é baixíssimo”, completa Passerotti.












