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O que uma mãe que perdeu o filho caçula de 14 anos tem a nos ensinar

Por editorialbow1
12 de outubro de 2015
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Graziela Gilioli é escritora, autora do livro O Pequeno Médico, e fotógrafa premiada na 10ª Bienal Internacional de Arte de Roma, além de palestrante do TEDxJardins.

Em um emocionante texto publicado pelo Projeto Draft, ela fala sobre a dor de perder um filho e de como conseguiu superar, apesar do eterno vazio no coração, a perda do caçula, que na época tinha apenas 14 anos.

O texto é tão poderoso e comovente, que vale cada segundo do seu tempo. Nós reproduzimos aqui para você.

“No emaranhado do nosso tempo, adquirimos o hábito de viver sem pensar muito sobre o começo e o fim das coisas, e muitas são as crenças sobre a origem, o fim, e as suas razões. Nascemos e morremos ao bel prazer do destino como se fôssemos reféns dos segredos da nossa existência. E assim, vivemos alienados da nossa sabedoria, esquecidos do que realmente importa na vida.

Mas, afinal, o que é que importa?

Desde sempre nossas indagações sobre o significado das coisas estão suspensas no ar, sem resposta, porque esta é uma condição essencialmente humana – viver com muitas perguntas não respondidas. Sem respostas começamos a pensar na eternidade. Por força da imaginação nossa mente é capaz de acreditar que viveremos para sempre, e infinito é o nosso sonho que nos leva à eternidade. Mas, a despeito dos nossos desejos, nosso mundo é finito.

Nessa vida seguimos a lei do Universo, a lei da finitude, tudo o que principia tem um fim. Tudo o que conhecemos e tudo o que está por vir em algum dia chegará ao fim. Imagine qualquer coisa – um pássaro, um vulcão, um mar, uma cidade, uma árvore, uma esperança, uma certeza, um beijo, um olhar — tudo o que você imaginar tem a sua própria duração de vida.

Quando nós aqui da Terra olhamos para o céu, com seus tons amarelados, alaranjados ou róseos e azuis, estamos vendo à distância uma avalanche de meteoros e meteoritos voando por todos os lados, sem rumo, à velocidade da luz com inúmeros buracos negros pela frente. Mas como é bonito um céu colorido! E que deslumbre é o céu estrelado! Para enxergarmos a beleza dos desígnios da vida temos de nos afastar um pouco de nós mesmos para encontrarmos um novo prisma, um novo olhar ou até mesmo uma nova explicação que nos conforte a alma. Isso eu aprendi com o meu filho caçula.

Eu tenho dois filhos. Há doze anos eles se separaram por uma escolha do destino. Meu filho mais velho, hoje com 28 anos, vive aqui na Terra e o meu filho caçula vive num outro mundo que desconheço.

Lá no desconhecido não se contam os dias e então ele tem 14 anos, para sempre. Com o tempo parado na vida do meu caçula entendi a morte como um grande silêncio. Como o fim, sem nenhuma retórica.

Imagine conhecer a morte através do seu filho caçula! Frente à morte somos minúsculos e impotentes. Uma sequência sem fim de perguntas (sem reposta) pipocam em nossa mente e o desânimo, o desespero e a tristeza passam a ser os nossos guias.

Nunca houve religião ou filosofia que tenha nos libertado da morte e mesmo assim somos tímidos em pensar a morte como parte da nossa vida. Acreditamos que se não tocarmos nesse assunto teremos paz e conforto, e é essa ilusão que nos impede de compreender a vida em sua plenitude. Em nada nos ajuda vivermos como se a morte fosse um engano ou um azar ou uma injustiça que atinge apenas alguns desafortunados.

Convivi com a morte ao meu lado durante os vinte meses em que o meu caçula esteve internado no hospital com o diagnóstico de neurablastoma (um tipo raro de câncer que acomete crianças). Foi quando aprendi que às vezes a gente consegue hipnotizar a morte com a nossa disposição de lutar pela vida. Então ela fica quieta e calma por mais algum tempo, e esse tempo em que a morte está calma é a nossa vida. Meu caçula me ensinou muitas coisas. Uma delas é que o sofrimento pela perda de quem amamos é inevitável. Mas ele também me ensinou que a gente pode escolher de que jeito queremos viver – sendo pessoas felizes ou tristes.

Um pouco antes de morrer meu filho falou bem baixinho — ele ficou surdo e praticamente sem voz por consequência do “tratamento” —: “Mãe, desculpe. Eu não vou conseguir.” Disse isso olhando de frente pra mim e depois apoiou o rostinho lindo que ele tinha no meu peito. Estávamos os dois sentados na cama dele, no hospital. Em seguida ele me disse: “Mãe, eu sei que vai ser duro mas não vai ficar triste, tá bom? Fala isso para o meu irmão porque eu acho que não vai dar tempo de eu falar com ele”.

Meu caçula morreu no dia seguinte, sem ter tempo de falar isso para o irmão mais velho. A generosidade do meu caçula em se despedir de mim com suavidade e a delicadeza dele em me dizer que ele tinha chegado ao fim me deixaram sem palavras. No meu coração despedaçado ficou a certeza de que eu faria tudo para voltar a ser feliz algum dia.”

(Continue lendo o texto clicando aqui).
Tags: famíliafilhomãemorte

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