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O Boticário emociona ao dar voz à solidão de quem tenta engravidar

Uma campanha que toca fundo: O Boticário e a solidão das tentantes

O Dia das Mães costuma ser um dos períodos mais emotivos do calendário do varejo. Entre flores, comerciais felizes e homenagens emocionadas, uma parcela da população feminina é frequentemente esquecida: as mulheres que ainda não conseguiram engravidar. Em 2025, O Boticário quebrou esse silêncio com uma campanha que tem comovido o público e se destacado no cenário publicitário: a homenagem às tentantes, aquelas que vivem a expectativa da maternidade diariamente, muitas vezes em silêncio.

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O que são mulheres tentantes?

Entendendo a jornada de quem deseja ser mãe

O termo “tentante” é usado para definir mulheres que estão tentando engravidar, seja por meios naturais ou através de tratamentos de fertilidade. Essa jornada é frequentemente marcada por esperança, frustrações, isolamento emocional e falta de representatividade. Apesar de milhões de mulheres no mundo viverem essa realidade, poucas campanhas publicitárias se voltam a esse público específico.

Um desafio que vai além do corpo

A tentativa de conceber pode se estender por meses ou anos, impactando não apenas a saúde física, mas também o emocional, psicológico e social. Muitas mulheres sentem que não pertencem às celebrações do Dia das Mães, mesmo desejando profundamente viver essa experiência.

Como O Boticário abordou o tema na campanha de 2025

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Edição – Bestofweb/Canva

Humanidade, empatia e inclusão no centro da narrativa

A campanha, intitulada “Tentantes”, não focou em produtos ou promoções. Em vez disso, O Boticário optou por contar histórias reais, mostrando depoimentos de mulheres que estão na luta silenciosa por uma gravidez. A escolha por esse enfoque humanizado foi intencional e marca um ponto fora da curva nas ações de marketing para o Dia das Mães.

Direção sensível e roteiro delicado

A narrativa audiovisual da campanha foi construída com cuidado emocional e autenticidade, evitando clichês ou promessas. Com trilha sonora minimalista, cenas íntimas e depoimentos tocantes, o vídeo mostra a solidão das tentantes, o ciclo de testes de gravidez, consultas médicas e o sentimento de invisibilidade durante o período de celebrações maternas.

“Para quem está tentando, o Dia das Mães pode ser mais um lembrete doloroso do que ainda não aconteceu”, diz uma das vozes da campanha.

Repercussão nas redes e entre o público

Reações emocionadas e identificação imediata

A campanha gerou uma onda de comentários positivos nas redes sociais, com milhares de mulheres relatando que se sentiram vistas pela primeira vez em uma propaganda. A identificação com o conteúdo reforçou o poder da representatividade na publicidade.

Hashtags, depoimentos e viralização orgânica

Expressões como #EuSouTentante, #TentantesVisíveis e #BoticárioRepresenta foram amplamente compartilhadas. Influenciadoras e especialistas em fertilidade elogiaram a iniciativa, apontando que a marca contribuiu para quebrar um tabu social com elegância e verdade.

Por que a abordagem foi tão bem-sucedida?

Publicidade que vai além da venda

O Boticário já é reconhecido por campanhas com forte apelo emocional. No entanto, ao abordar a experiência das tentantes, a marca avançou em territórios mais complexos e sensíveis, demonstrando maturidade e responsabilidade social.

Conexão com valores contemporâneos

Vivemos uma era em que o público espera mais do que ofertas: ele quer se ver representado, quer empatia e escuta ativa. A campanha das tentantes atende exatamente essa expectativa, promovendo inclusão sem oportunismo.

Timing emocional adequado

A proximidade com o Dia das Mães intensifica os sentimentos de pertencimento ou exclusão. A campanha veio como um acolhimento simbólico para quem vive esse momento com dor ou ansiedade, substituindo a lógica do consumo por uma mensagem de afeto e solidariedade.

O papel das marcas na discussão sobre fertilidade

Publicidade como ferramenta de impacto social

Empresas como O Boticário mostram que é possível aliar marketing emocional com responsabilidade social. Ao dar espaço para narrativas menos visíveis, a marca não apenas conquista audiência, mas gera impacto duradouro.

Outras marcas podem seguir esse caminho?

Especialistas apontam que sim. A tendência é que mais campanhas passem a dialogar com públicos negligenciados, tratando temas como infertilidade, luto gestacional, adoção e diversidade familiar com a devida profundidade. O desafio é fazer isso com respeito, escuta e autenticidade, como O Boticário demonstrou ser possível.

Impacto no branding e na construção da marca

Valorização do propósito corporativo

Campanhas como essa fortalecem a imagem de O Boticário como uma marca que valoriza o ser humano antes do consumidor. Isso reforça laços afetivos com o público e constrói um posicionamento mais sólido e emocionalmente engajado.

Aumento da lembrança de marca

Ainda que a campanha não tenha foco direto na conversão imediata, ela contribui para o reconhecimento de marca no longo prazo. O público tende a lembrar de marcas que tocaram suas emoções de forma genuína, e isso pode refletir em preferência futura.

Reflexão final: quando a publicidade acolhe o silêncio

Ao abordar a solidão das tentantes, O Boticário conseguiu fazer algo raro: oferecer escuta e pertencimento a um grupo que, por muito tempo, foi ignorado nas campanhas de Dia das Mães. A marca substituiu o foco em vendas por uma mensagem de empatia, mostrando que o marketing pode — e deve — ter compromisso com a humanidade das histórias reais.

Mais do que vender perfumes ou cosméticos, a campanha deste ano perfuma com sensibilidade um dos cantos mais silenciosos da jornada feminina: o de quem espera, com o coração apertado, pela chegada de uma vida.

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