Não, o racismo ainda não acabou. Será que um dia vai? Quero dizer, para este advogado de 60 anos, Flávio César Damasco, definitivamente não.
Ele estava no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, em São Paulo, pronto para uma reunião com uma desembargadora quando, esperando o elevador, foi barrado por seguranças do prédio. Neste momento, eles perguntaram se ele era mesmo advogado, pedindo que ele se identificasse.
Na hora, Flávio disse que só o faria caso pedissem com educação, mas a resposta que recebeu foi que “não iria pedir com educação coisa nenhuma” e “se não calasse a boca, iria chamar a segurança”. Além disso, os seguranças também afirmaram que o elevador só podia ser usado por juízes e integrantes do Ministério Público.



Logo depois da discussão, gravada em vídeo, Flávio é retirado do local, algemado e levado dentro de um carro da TRT até a delegacia. Lá, as coisas só pioraram. Segundo o Tribunal, os seguranças fizeram o certo e que a responsabilidade era totalmente do advogado pelo ocorrido.
Já a OAB afirmou que tudo aquilo era caso de desagravo, questionando ao Conselho Nacional de Justiça alguns privilégios que certas áreas possuem. “Numa República, não se admite que existam espaços públicos reservados para uso exclusivo de autoridades, que privilegiem alguns em detrimento de outros”, disse Marcos da Costa, presidente da OAB de São Paulo, ao Estadão.
Saiba mais no vídeo:
E você? O que acha dessa situação?
Fotos: Reprodução/Twitter/Estadão.












