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Nego Di se pronuncia após condenação de quase 12 anos por estelionato: “Caí em uma armadilha”

O humorista Dilson Alves da Silva Neto, popularmente conhecido como Nego Di, voltou a ocupar os noticiários após ser condenado pela Justiça gaúcha a 11 anos e 8 meses de prisão por envolvimento em um esquema de estelionato. O caso ganhou ainda mais repercussão após sua entrevista ao programa Domingo Espetacular, na qual ele afirmou que também foi vítima de um golpe. O ex-participante do Big Brother Brasil relatou que não tinha pleno conhecimento das irregularidades e que foi enganado por seu então sócio.

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Entenda o caso: o golpe da loja virtual

Como funcionava o esquema

O crime que levou à condenação de Nego Di está relacionado à Tadizuera, uma loja virtual que oferecia produtos de grande valor, como smartphones, televisores e eletrodomésticos, a preços muito abaixo do mercado. As ofertas chamativas atraíram centenas de consumidores, que realizaram pagamentos, mas nunca receberam os produtos.

Número de vítimas e prejuízo causado

De acordo com o processo, mais de 370 pessoas foram prejudicadas pela fraude. O golpe teria movimentado cerca de R$ 5 milhões entre 2019 e 2020, período em que a loja esteve ativa.

Condenação de Nego Di e do sócio

Além de Nego Di, Anderson Bonetti, identificado como sócio do humorista na loja virtual, também foi condenado com a mesma pena. Ambos foram considerados culpados pelo crime de estelionato.

A defesa de Nego Di: o que ele disse na entrevista

Alegação de desconhecimento

Durante a entrevista concedida ao Domingo Espetacular, Nego Di disse que seu envolvimento com a loja se limitava à área de marketing. Segundo ele, sua função era divulgar os produtos, mas sem ter controle sobre a gestão financeira ou operacional da empresa.

“Eu também fui enganado. Entrei nesse projeto confiando nas pessoas erradas”, afirmou o humorista.

Reconhecimento do erro

Apesar de alegar que foi manipulado, Nego Di reconheceu que sua imagem pública influenciou o número de vendas e, consequentemente, o número de vítimas.

“Tenho consciência de que meu rosto ajudou muita gente a confiar na loja. Me arrependo profundamente por isso”, completou.

Ressarcimento às vítimas

O humorista garantiu que já devolveu o dinheiro para todas as pessoas envolvidas no processo, com exceção de uma vítima que, segundo ele, recusou o reembolso por motivos pessoais.

As consequências da condenação na vida de Nego Di

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Imagem: Tv Record

Impacto emocional e financeiro

Nego Di contou que passou por momentos de extrema dificuldade desde que o caso veio à tona. Ele relatou ter perdido peso de forma significativa e enfrentado uma rotina de privações durante o período em que ficou preso preventivamente.

Além disso, relatou problemas financeiros, com contas bloqueadas e negócios fechados, incluindo um restaurante que mantinha antes da repercussão negativa do caso.

Reputação e carreira

O humorista afirmou que sua imagem ficou extremamente prejudicada. Projetos profissionais foram interrompidos e ele perdeu contratos com marcas e patrocinadores.

“Hoje dependo exclusivamente da minha esposa para manter nossa casa”, revelou.

A polêmica das doações durante as enchentes no RS

A doação de R$ 1 milhão que gerou dúvidas

Outro tema abordado durante a entrevista foi a polêmica envolvendo a doação de Nego Di para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Na época, ele divulgou um comprovante de transferência no valor de R$ 1 milhão. Posteriormente, veio à tona que apenas R$ 100 foram efetivamente transferidos.

A explicação do humorista

Segundo Nego Di, o comprovante de R$ 1 milhão era apenas um documento simbólico, criado para incentivar outras pessoas a contribuírem. Ele explicou que chegou a doar cerca de metade desse valor e prometeu quitar o restante em parcelas.

“Foi um gesto simbólico que acabou sendo mal interpretado”, justificou.

Críticas à sentença

Questionamento sobre a igualdade de penas

Um dos pontos levantados pela defesa de Nego Di é o fato de que ele e Anderson Bonetti receberam a mesma pena, apesar de, segundo o humorista, terem tido graus de envolvimento diferentes.

“O meu envolvimento foi muito menor, mas a pena foi igual”, disse.

Influência da mídia

O humorista também comentou que acredita ter sido prejudicado pela exposição excessiva do caso na mídia e nas redes sociais.

“Não quero tratamento especial. Só quero ser julgado de forma justa, sem interferência externa”, declarou.

Próximos passos jurídicos

Recurso em andamento

A equipe jurídica de Nego Di já trabalha na preparação de um recurso para tentar reduzir a pena ou, eventualmente, reverter a decisão. O processo ainda deve passar por novas análises em instâncias superiores.

Cumprimento das medidas atuais

Enquanto o recurso é analisado, Nego Di segue em liberdade, mas cumprindo medidas cautelares impostas pela Justiça, como restrições de deslocamento e comparecimento periódico ao tribunal.

Reações nas redes sociais

Apoio e críticas

A entrevista de Nego Di gerou uma divisão de opiniões. Parte do público demonstrou empatia pela situação, destacando que ele pode ter sido manipulado. Outros, no entanto, foram enfáticos nas críticas, acusando o humorista de tentar minimizar sua responsabilidade no caso.

Manifestações das vítimas

Algumas vítimas também se pronunciaram nas redes, reafirmando que foram prejudicadas e que esperam justiça completa, com a devida responsabilização de todos os envolvidos.

Considerações finais

O caso envolvendo Nego Di é um exemplo de como a associação de imagem pública a negócios de terceiros pode ter consequências graves. O humorista, que nega participação consciente no golpe, agora enfrenta não apenas uma longa batalha judicial, mas também o desafio de reconstruir sua vida pessoal e profissional.

Enquanto a defesa tenta reverter a condenação, a sociedade acompanha de perto os desdobramentos de um processo que envolve temas como responsabilidade social, influência de celebridades no consumo e os limites da confiança no ambiente digital.

O futuro de Nego Di permanece incerto. Caberá à Justiça avaliar os próximos recursos e determinar se a sua versão será suficiente para atenuar a pena já estabelecida.

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