Conecte-se conosco

Mulheres

Mulheres que reconstruíram a Alemanha após a guerra.

Publicado

em

Após a rendição em maio de 1945 e o fim da Segunda Guerra Mundial, a Alemanha era um país em ruínas, com pouca mão de obra disponível para sua reconstrução.

Em três anos, os poderosos bombardeios dos aliados haviam transformado cidades como Dresden, Berlim, Hamburgo e Colônia em montanhas de escombros.

O que restou

Estima-se que cerca de oito milhões de moradias foram arrasadas pelas bombas, sem falar na infraestrutura destruída, como pontes, estradas e ferrovias, além de redes de água, esgoto, gás e eletricidade.

Mesmo com o empenho generalizado para reconstruir o país, a mão de obra disponível era pouca nos dois lados da Alemanha, oriental e ocidental. Afinal, 15 milhões de homens foram mortos no conflito ou capturados pelas tropas inimigas.

“Havia escombros por toda parte, além de armas e munições deixadas para trás pelos soldados”, segundo Helga Cent-Velden – uma das milhares de mulheres que se encarregaram de limpar, recolher os escombros e ajudar na reconstrução de uma Alemanha destruída e dividida após a guerra.

Anúncios

Seu trabalho consistia em ajudar a remover das principais cidades do país 500 milhões de metros cúbicos de escombros, segundo as estimativas da época. O volume era suficiente para construir 150 pirâmides de Gizé.

Mulheres dos escombros

Estátua de mulher trabalhadora
Legenda da foto,Diversas cidades da Alemanha ergueram estátuas em homenagem às mulheres dos escombros

Estas mulheres ficaram conhecidas como as “mulheres dos escombros” (“Trümmerfrauen”, em alemão). Elas se tornaram um dos símbolos da reconstrução da Alemanha após os estragos da guerra. Existem monumentos dedicados às mulheres dos escombros em muitas cidades alemãs, em agradecimento pelo seu trabalho.

“Estas mulheres são o símbolo do renascimento. Elas saíram às ruas da Alemanha para que fosse novamente possível viver no seu país. Isso as torna uma espécie de mito”, declarou a historiadora Jane Freeland, da Universidade Queen Mary de Londres, à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC.

Tudo isso, segundo Freeland, “especialmente porque os escombros que elas estavam recolhendo foram produzidos por bombas que destruíram os lugares onde elas moravam. Elas estavam limpando os destroços de uma guerra que haviam perdido”.

Ressurge a Fênix

Durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha nazista foi constantemente bombardeada pelos esquadrões aliados. E, enquanto duraram os combates, a maioria dos escombros era recolhida pelas pessoas encarceradas nos campos de concentração.

Mas, quando a guerra terminou e as potências aliadas assumiram o controle do território alemão, o processo de remoção dos escombros passou a ser trabalho das pessoas que permaneceram no país.

Anúncios

Helga Cent-Velden era uma dessas pessoas. Ela morava em Dresden, no nordeste da Alemanha, uma das cidades mais atingidas pelos bombardeios aliados. Ela foi convocada pelo Conselho de Controle Aliado para o processo de limpeza.

“Fomos divididas em dois grupos”, ela conta. “A única coisa que víamos era destruição e ruínas. Nosso trabalho consistia em recolher os escombros e, se não houvesse neles nada perigoso, colocá-los dentro das crateras abertas pelas bombas.”

Mulheres trabalhando
Legenda da foto,Testemunhos indicam que as mulheres trabalhavam sem máquinas adequadas para um trabalho tão pesado

“Se encontrássemos algo perigoso, como uma granada, eles nos pediam que as colocássemos em um lago próximo. Fizemos isso durante vários dias”, recorda Cent-Velden.

Com o passar do tempo, ela percebeu que o processo seria muito maior do que a simples limpeza dos escombros. Era preciso reconstruir a partir do zero.

“Um dia, eles me levaram para um edifício localizado na rua Potsdamer”, ela conta. “Era um prédio que havia desabado, mas uma parte permaneceu de pé. A mulher que estava comigo disse que precisávamos limpar para que ele pudesse ser remodelado.”

“Mas não havia nada para remodelar ali”, prossegue Cent-Velden. “Não havia teto, não havia janelas. Levamos nove meses para retirar os escombros, só daquele lugar.”

Anúncios

As colunas

As colunas (“Kolonnen”, em alemão) das mulheres dos escombros estenderam-se pelas regiões alemãs controladas tanto pela União Soviética, quanto pelos Estados Unidos, França e Reino Unido.

Cent-Velden conta que o trabalho foi feito, especialmente no início, sem a ajuda de máquinas pesadas. “Agradeci no dia em que me deram luvas”, relembra ela.

Diversos historiadores ressaltam que o pagamento pela retirada de escombros pesados, quase sem maquinário, era abaixo do esperado.

“Fomos principalmente nós, as mulheres, que abrimos o caminho com pás entre os escombros do centro de Aachen, que ficou totalmente destruído, em troca apenas de um prato de sopa dos americanos”, declarou a um jornal local a Trümmerfrau Elisabeth Stock.

Mas o trabalho das mulheres trouxe vários outros benefícios.

“Esses escombros foram os que depois serviram não só para tampar as crateras deixadas pelas bombas, mas também para construir ferrovias e edifícios”, destaca Freeland.

Anúncios
Mulheres trabalhando com tijolos
Legenda da foto,As mulheres trabalharam na limpeza dos escombros nas principais cidades alemãs após o fim da Segunda Guerra Mundial

Pouco tempo depois, o Conselho de Controle Aliado contratou serviços profissionais de remoção de escombros. Mas esses serviços continuaram contando com as mulheres que trabalharam na primeira etapa.

“Foi um processo impressionante”, segundo Freeland. “Nas décadas de 1950 e 1960, enquanto ainda podiam ser observados vestígios das bombas em Londres e em outras cidades europeias – e existem até séries de TV dos anos 1960 sobre esses lugares -, a reconstrução estava quase terminada na Alemanha Ocidental.”

Para a historiadora, o trabalho desempenhado pelas mulheres foi fundamental para permitir a reconstrução de um país que, hoje, é a principal potência econômica da Europa.

“Elas simbolizam essa ideia de ‘ave fênix’ que possibilitou à Alemanha recuperar-se, renascer e tornar-se novamente o país que elas queriam, onde é possível viver”, acrescenta Freeland.

Mulheres

Mulher de 59 anos quebra recorde mundial feminino pelo maior tempo em posição de prancha abdominal.

Publicado

em

Uma mulher em Alberta acaba de estabelecer um novo recorde mundial de maior tempo gasto em posição de prancha abdominal, conseguindo 4 horas, 30 minutos e 11 segundos.

DonnaJean Wilde percebeu que uma prancha era um excelente exercício para fazer com gesso depois que ela quebrou o pulso há cerca de 10 anos e precisava de algo para fazer para aumentar sua frequência cardíaca.

Estranhamente, o recorde anterior também pertencia a uma canadense também de Alberta e também chamada Dana, que conseguiu 4 horas, 19 minutos e 55 segundos.

“Crescendo, sempre que acordávamos, nossa mãe já havia corrido 6,4 quilômetros. E isso simplesmente progrediu”, disse Ray Wilde, filho de DonnaJean.

“Se eu vou assistir a um filme e ela quer assistir comigo, ela vai assistir na posição de prancha”, disse seu marido, Randy Wilde.

Anúncios

“Ela fez todo o seu mestrado em tábuas”, disse a filha Laura Stevenson.

Quando a mãe de 5 filhos e 12 netos foi para a universidade, há cerca de 20 anos, para o mestrado, ela contraiu algo chamado mielite transversa, que se manifesta em dor e dormência.

Fonte

Continue lendo

Inspiracional

Inspiração: ela voltou a estudar aos 90 anos, após cinco graduações concluídas.

Publicado

em

Depois de terminar cinco graduações, essa idosa de 90 anos acaba de começar a sexta: vai estudar Jornalismo.

Dorothi Lira da Silva, de Olinda, Pernambuco, é um exemplo para quem acha que é tarde para começar. Quando jovem, ela não conseguiu terminar os estudos, mas depois de adulta voltou com tudo.

Matriculada na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Dorothi usa os estudos como incentivo para se manter ativa. “Eu gosto do campo acadêmico, faço para não ficar parada. Estudar é uma motivação para mim”, contou.

Interrompeu estudos

Dorothi nasceu em São Lourenço da Mata, Região Metropolitana do Recife.

Ela aprendeu a ler em casa com a ajuda da mãe. Assim que concluiu os estudos básicos, saiu da escola devido ao medo do pai da tuberculose, que rondava a região.

Anúncios

Como não pôde cursar o ensino médico, Dorothi começou a trabalhar cedo, quando ainda tinha 13 anos.

O desejo de estudar nunca tinha morrido e duas décadas depois, ela conseguiu realizar o sonho.

Voltando para sala de aula

Depois de casada e com três filhos, a pernambucana retomou os estudos.

“Eu falei para o meu marido que ia estudar e ele dizia que não tinha necessidade, mas fui mesmo assim”, disse.

O primeiro curso finalizado foi Pedagogia.

Anúncios

O ótimo desempenho como professora levou Dorothi a finalizar outras três formações: Ensino Religioso, Ciências Físicas e Biológicas e Matemática e Direito. Olha ela!

Fonte

Continue lendo

Curiosidades

A primeira mulher diretora de cinema era católica e fez um filme mudo sobre Jesus.

Publicado

em

Em um artigo do National Catholic Register, o Gerente de Operações da EWTN, James Day, contou a história de Alice Guy, uma mulher que se aventurou no mundo do cinema sem deixar sua fé de lado.

Alice

Alice Ida Antoinette Guy, nasceu em 1873 em Saint-Mandé, França, e foi a quinta e última filha do casal Marie e Emile. Aos 6 anos, ela ingressou no internato do Convento do Sagrado Coração, dirigido pelas Companheiras Fieis de Jesus.

Para contribuir com a economia familiar, estudou datilografia e taquigrafia. Esses estudos a levaram a ser contratada aos 21 anos como secretária pela Gaumont, a companhia cinematográfica mais antiga do mundo.

Por volta de 1896, ela realizou seu primeiro filme, “La Fée aux Choux” (A Fada dos Repolhos), uma história original de um minuto de duração, onde Alice dirigiu, escreveu e produziu o projeto.

Esse foi o primeiro passo de sua carreira, que a tornou em 1897 a chefe de produção cinematográfica da Gaumont.

Anúncios

Seu Projeto Mais Ambicioso:

La vie du Christ (A Vida de Jesus)

Em 1900, Alice adquiriu um exemplar da Bíblia de James Tissot, uma obra publicada em 1894 que contava com 350 imagens pintadas em aquarela representando as cenas do Novo Testamento.

Seis anos depois, a influência dessa bíblia inspirou Alice a criar o projeto mais longo e ambicioso de sua carreira: “La vie du Christ” (A Vida de Jesus).

O filme teve cerca de 300 atores e 25 cenários diferentes, encenando a vida de Jesus desde a chegada a Belém até a ressurreição.

Por fim, o longa foi exibido na Société Française de Cinématographie. Segundo o Boletim anual da Sociedade de 1906, “As cenas foram ambientadas com um gosto perfeito e um talento para a encenação da Sra. Guy… cada [cena] foi recebida com aplausos vivos e unânimes da assembleia”.

Fonte

Anúncios
Continue lendo

Destaques