Você já ouviu falar em alveolite? Se não, quando souber, com certeza irá ao dentista no mínimo sinal de dor que sentir, te garanto! Quem contou uma história sobre o sofrimento que passou com esse problema, foi a colunista do R7, Marcella Franco, e acredite: não foi fácil! Você precisa ler isso até o final!
Tudo começou com um dente que caiu enquanto ela comia um pedaço de carne. Até aí normal, pois dependendo da situação dentária e da maciez da carne, isso pode acontecer, sim!
Mas o problema se agravou por preguiça de ir o dentista, e assim, a jornalista acabou se acostumando com as as raízes e o toco de dente que sobrou. Porém, ela não contava com a dor repentina que sentiria e não teve outra alternativa a não ser ir finalmente a uma consulta.

Lá, descobriu que precisaria extrair as raízes o mais rápido possível, pois um pequeno foco de infecção havia começado no local. Ao iniciar a cirurgia, Marcella realmente entendeu o que é uma verdadeira dor de dente! O procedimento foi extremamente doloroso e ela teve de optar por analgésicos fortes que diminuíssem a dor. Mas não adiantou.
A colunista já estava alucinada de dor e foi novamente ao dentista, que receitou antibióticos e anti-inflamatórios. Mas será que adiantou? Não! Aquela foi apenas a primeira visita de muitas outras que ela faria ao consultório, sem resultados. Foi quando ela descobriu que sofria de alveolite.

Alveolite é uma complicação que geralmente acontece após se arrancar um dente e possui dois tipos: a seca a purulenta, que traz junto secreção. Na maioria das vezes, a purulenta é uma consequência da seca e, como Marcella não estava com muita sorte, teve as duas, uma seguida da outra!
Com isso, as raízes do seu dente ficaram “presas” ao osso e não cicatrizavam de forma alguma, deixando o buraco exposto e extremamente dolorido. Mas não era uma dor comum, e sim, enlouquecedora. “Cogitei, por dias, métodos indolores e não-letais de arrancar a cabeça fora. Ou de dormir por 24 horas seguidas sem pausa pelos próximos oito meses. Era insuportável. O efeito dos remédios derivados da morfina já não durava mais de 2 horas”, conta a jornalista.

A alveolite é tratada com curetagens, nada mais do que raspagens que o dentista realiza no local com a intenção de que ele sangre, e assim, formando coágulos que devem cicatrizar o buraco e resolver o problema.
Mas será que isso aconteceu com Marcella? Não! Ela passou por cinco dessas e todas sem sucesso! Cada dia que passava, mais pus saía de dentro do buraco. Para tentar resolver, os dois dentistas que atendiam a colunista optaram por trocar de antibiótico, mas não apenas uma vez: seis vezes foram necessárias para encontrar um que fizesse efeito, e no fim, não encontraram.

Tudo se complicou quando uma espécie de túnel, chamado fístula, se formou entre a gengiva e os seios paranasais (uma cavidade que fica atrás da bochecha). Além da dor terrível que sentia, a jornalista também ganhou uma sinusite. O pus escorria pelo túnel, chegando até a língua. Ela não podia largar de seu copinho, onde cuspia a secreção a cada dois minutos.
“Nesta brincadeira, entre copinhos, melecas, cuspes e ainda muita dor, se passaram quase 30 dias. Até que, em uma manhã, ao tentar levantar da cama, foi como se houvesse um gigante me empurrando de volta para o colchão. Difícil de respirar, impossível de me mexer. Sentia dores nas articulações, muito cansaço, dor de cabeça e sensação de febre. Não havia outra opção a não ser correr para um pronto-socorro”, conta Marcella.

Nesse momento, ela foi diagnosticada com princípio de sepse, que significa nada mais e nada menos do que uma infecção generalizada. A colunista passou uma semana internada tomando antibióticos na veia e teve de se acostumar com a ideia de uma possível cirurgia para fechar a comunicação entre o rosto e a boca depois de curada das bactérias.
Era um pesadelo constante e ela chegou a achar que não teria outra saída e acabaria morrendo. Mas ela não estava certa em relação a isso, assim como não estava certa de não ter ido ao dentista quando seu dente caiu lá no começo da história. O próprio tratamento da infecção solucionou tudo, e a gengiva cicatrizou sozinha.
Após a alta de sua internação, Marcella ainda teve que continuar a tomar quatro medicamentos diferentes e fazer bastante repouso. Sua vida normal começaria 36 dias depois da cirurgia. Mas não acabou por aí: “Completas duas semanas da suposta recuperação total, um copo d’água gelada fez soar o alerta: dor de dente. De novo. Só que, dessa vez, o problema é no primeiro molar, que ficava colado ao outro, caído e podre em todo o episódio de quase morte”.

Ela se viu assustada após depois de toda a sua história de dores angustiantes, e não teve outra opção: marcou uma visita ao dentista na mesma hora! Ufa!
Acredito que esse pesadelo de mais de 1 mês serve de lição para todos nós. “Ah, minha dor de dente é normal, logo passa!”. Não! Corra ao dentista agora, pois não tem como você saber se aquilo é apenas uma cárie ou uma terrível e inesperada alveolite!
Fotos: Reprodução












