Natureza Incrível

Mulher supera a síndrome do pânico e a depressão após virar protetora dos animais

By admin

April 30, 2017

Os animais são muito mais do que simples companheiros para o ser humano. São capazes de nos fazer bem e até nos ajudar a superar doenças, como o caso abaixo.

Katiusca Angélica Lopes Ribeiro, de 38 anos, decidiu que ajudaria os animais depois que encontrou um cachorro abandonado perto de sua casa em Itapetininga. A partir daí, são 7 anos como protetora independente, onde cuida de sete cachorros e 53 gatos.

O que mudou em sua vida não foi somente a bondade em ajudá-los. Segundo ela, os animais a ajudaram a superar o síndrome de pânico e a depressão que tinha. “Eu sempre fui apaixonada por animais, mas tudo começou quando eu ainda estava noiva e encontrei um cachorro da raça Perdigueiro, que estava abandonado. Na época, meu marido morava em uma casa de dois cômodos e lá acolhemos esse cão que tinha quase o meu tamanho. Foi então que passei a percorrer as ruas atrás de animais e o número em casa só foi crescendo. Em dezembro de 2016 fui diagnosticada com síndrome do pânico e começo de depressão por ser muito nervosa. Alguns dias não tinha vontade de sair da cama, mas sempre levantava, pois sabia que eles dependiam de mim. Eles me ajudaram a superar. Eles me salvaram”, conta ela.

Katiusca conta que o fato de estar sempre sobrecarregada de tarefas foi o que ocasionou a síndrome do pânico e a depressão: “Por mais que meu marido e filho me ajudem nas tarefas diárias, eu sempre acabava pegando toda a responsabilidade para mim, por isto comecei a desenvolver a doença. Atualmente eu passo por sessões em um psicólogo e ainda tomo antidepressivos, mas o que realmente me ajuda todos os dias é cuidar dos meus animais. É graças a eles que eu tenho vontade de sair de casa”.

Para cuidar de tantos animais como estes, a protetora decidiu sair de seu emprego, onde era prestadora de serviços: “Todo dia levanto cedo e solto os gatos que ficam no gatil para tomarem um sol e os alimentos com ração e água. Tanto para aqueles que ficam em casa quanto aqueles que eu alimento nas ruas. Em seguida, eu lavo todo o quintal. No final da tarde eu repito todo esse processo e fecho eles no gatil”.

Para alimentá-los, Katiusca faz bicos, recebe doações e faz rifas e bazares. Para tratá-los, conta com a ajuda de veterinários: “Eu sempre levo eles para castrar, mas o que eu vejo é que falta conscientização nas pessoas e até mesmo da prefeitura sobre esta prática, pois constantemente filhotes são abandonados. Para resolver isto bastava ter mais campanhas que incentivassem a castração”, afirma.

Alguns de seus animais podem ser adotados. Porém, ela sempre investiga as condições da família, para que não haja um novo abandono ou maus tratos, como já aconteceu anteriormente.

Por conta de sua vida, a protetora acaba sofrendo preconceito de algumas pessoas, incluindo sua própria família. “Muitas pessoas se afastaram de mim por causa deles, até meu pai reclama e diz que eu vou ficar louca por ter tantos animais, mas ele mal sabe que são eles que estão me salvando”, explica, dizendo que não liga para as pessoas que a olham com descaso, pois tem a ajuda de seu marido, filho, amigos e sabe que todo animal que resgata é mais uma vida que salva.

Fotos: Reprodução / Arquivo Pessoal