Omodele Meadows, de 40 anos, descobriu que um membro de sua família tinha o gene da hemofilia, doença hereditária caracterizada por problemas de coagulação do sangue. Então, decidiu fazer um teste para saber se também compartilhava do mesmo gene. O resultado foi negativo, mas estava errado!
Só quando seu filho Adejuwon nasceu é que ela passou por uma bateria de exames e descobriu que tinha sim o gene da doença. Agora, ela processa o local em que fez o teste e alega que se soubesse disso antes, não teria engravidado. O menino nasceu com uma forma grave de autismo e hemofilia.
Ela recebeu uma indenização de cerca de £ 1,4 milhões para os custos com o filho e o local se recusou a pagar a parte adicional. Agora, a juíza encarregada do caso decidiu que a mãe receberá £ 9 milhões, o maior pagamento já feito em indenizações de nascimentos injustificados. A profissional ainda alegou que o erro médico causou muitos transtornos, pois se a mãe soubesse que tinha o gene da hemofilia, Adejuwon não teria nascido, pois ela interromperia a gestação.

Decisão judicial:
No tribunal, foi discutido que Omodele sabia dos riscos caso estivesse carregando o gene, pois seu sobrinho tem a doença e precisa de acompanhamento constante. Mas, o caso de Adejuwon é ainda mais complicado porque o autismo torna ainda mais difícil de se tratar a hemofilia. Os advogados do local onde o exame foi realizado alegaram que a mãe não tinha direito de receber para custear o tratamento do autismo do filho e ele ter nascido com as duas doenças foi ‘má sorte’, mas a juíza não aceitou.
Além disso, ela ressaltou que Omodele ama o menino e a razão de estar lutando tanto pelo dinheiro é para proporcionar à criança melhores condições de vida:
“Ela especificamente buscou evitar trazer uma criança com hemofilia ao mundo, sabendo o sofrimento que essa condição causa. O fato de ela dizer claramente que teria encerrado sua gravidez se soubesse que o bebê teria hemofilia não é o mesmo de dizer que Adejuwon agora é uma criança indesejável. Pelo contrário, parece que ele é muito amado e cuidado. O ônus de cuidar dele é muito maior do que o ônus de cuidar de uma criança saudável normal e se estende muito além do custo puramente financeiro. Embora este seja um pedido pela sua perda, não duvido que o motivo principal da mãe seja proporcionar uma vida melhor para o filho dela”, completou a juíza.
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Foto: Reprodução/ Internet
Fonte: Metro












