O que você pensa a respeito disso? Falta de noção total, não?! Parece até loucura pensar que ainda hoje as pessoas simplesmente tem a coragem de ignorar quem está realmente precisando se sentar no transporte público. Como era o caso da britânica Bryony Esther Atterton que estava amamentando seu bebê em pé dentro do vagão do metrô.
Não. Ninguém se prontificou a ceder um espaço que fosse para que a mulher pudesse se sentar e amamentá-lo tranquilamente. Revoltada, a mãe decidiu falar sobre o assunto nas redes sociais, em um desabafo:
“Precisei ficar em pé no trem enquanto amamentava meu bebê graças ao bando de charmosos que dão mais prioridade às suas suas malas e aos seus baseados”, disse. “Além de tudo, o ciclista com a bike chique (que ficava vindo em minha direção) ainda sentou-se no banco para deficientes. Por favor, compartilhem, pois eu gostaria que suas mães, namoradas e esposas vissem como eles se comportam.”
Durante o trajeto, Bryony esperou que alguém simplesmente se desse conta do que estava acontecendo, mas não falou nada em nenhum momento. Para muitos usuários, a mãe deveria sim ter solicitado o assento. “É terrível, sim! Mas, sejamos francos, mulheres fortes simplesmente pedem o assento. É isso o que eu faço se eu sinto que preciso mais que alguém”, disse uma das pessoas.
A mãe ainda revelou: “Eles sabiam que eu estava amamentando. Fiquei ali por alguns minutos e então ter perguntado se eu poderia, por favor, sentar onde a mala estava e ainda assim eles me ignoraram completamente. A mala estava sendo usada como superfície para enrolar seus baseados. Depois, ficaram me encarando durante séculos! Desculpas nojentas para seres humanos.”
Absurdo, não?! Lembrando que o atendimento preferencial não é válido apenas como uma necessidade das gestantes e crianças de colo, mas é, de fato, lei. Tanto gestantes como lactantes, mulheres com bebês, idosos, deficientes e obesos ganham prioridade no transporte.
A única questão agora é o respeito que poucos demonstram. “Com raras exceções gentis, ainda há quem enxergue crianças como algo incômodo. No fundo no fundo, pensam que lugar de pais com bebê é em casa. Pois quando se quer desconstruir essa ideia, nada mais coerente do que ocupar todo e qualquer espaço com um bebê. Não há outra forma de ser aceito ou promover reflexão que não seja problematizar ativamente”, revela Luisa Alves, editora do Guia Fora da Casinha.
O que você achou da atitude das pessoas?
Fotos: Reprodução/Facebook/Bryony Esther.