Menina que transplantou coração aos 10 anos quer correr na praia pela 1ª vez
Lavínia tem uma doença rara e genética, chamada cardiomiopatia hipertrófica, e esperava o órgão desde o final de março após os tratamentos deixarem de ser eficazes.
A menina convive com a limitação de esforço físico desde que foi diagnosticada, antes do primeiro ano de vida. Nunca pôde correr, pelo risco de sobrecarregar o órgão.
“Nas consultas dela bebezinha, o pediatra falou que a escuta do coração era diferente, mas que poderia ser só um sopro”, conta Michelle Machado Cruvinel Lacerda, mãe de Lavínia. O diagnóstico oficial chegou aos 6 meses.
Cardiomiopatia hipertrófica
A cardiomiopatia hipertrófica é uma doença no músculo do coração, o miocárdio. O órgão não consegue relaxar, e o músculo fica muito grosso, explica a cardiologista pediátrica Cristiane Binotto, do Hospital Pequeno Príncipe (PR).
A boa notícia
Depois de meses de internação, enfim a boa notícia tão esperada chegou na terça-feira passada (30). Lavínia fez o transplante de coração após muita expectativa. “Meu coração está chegando, e junto dele vem amor. Muito amor”, disse a menina em vídeo compartilhado nas redes sociais.
A família foi informada sobre um possível doador, mas exames ainda precisavam comprovar a compatibilidade dos perfis. Com os dados confirmados, a menina foi levada em poucos minutos ao centro cirúrgico. Fazer o transplante é o que ela mais queria e ela foi sorrindo para a cirurgia. A Lalá tem vontade de viver e experimentar o que não conhece, como natação, patins, pula-pula, andar bastante e correr na praia.

