As imagens assustadoras de uma menina polonesa de 14 anos que foi assassinada pelo regime nazista em Auscwitz, em 1943, ganharam cores por meio do trabalho de uma artista brasileira.
Czesława Kwoka foi fotografada como parte de um projeto dos funcionários do campo de extermínio que “documentavam” todos que eram levados para o local. O registros mostram a jovem polonesa minutos após ter sido espancada por um guarda.
75 anos depois, as fotos foram pintadas pela artista Marina Amaral, que cuidadosamente ‘deu vida’ às imagens sem deixar com que sua essência fosse perdida.


Czesława foi deportada de sua casa em Zamość, no sudeste da Polônia, em dezembro de 1942, ao lado de sua mãe. O motivo da deportação era para os nazistas “abrirem espaço” na cidade para a construção de uma colônia alemã. Todos que foram tirados de sua casa eram categorizados “prisioneiros políticos”, o que é notado por um triângulo vermelho com um ‘P’ em seus uniformes.
O responsável pelas fotos originais foi Wilhelm Brasse, um outro prisioneiro de Auschwitz, mas que sobreviveu ao campo de concentração – sua morte ocorreu somente em 2012. Em um documentário produzido em 2005, ele comentou que a menina apanhou de um guarda por não entender as ordens que ele dizia em alemão. As agressões aconteceram com uma vara. “Ela chorou, mas não podia fazer nada. Antes que as fotografias fossem feitas ela secou suas lágrimas e limpou o sangue em seu lábio”, disse.
A morte de Czesława ocorreu três meses após ela se tornar prisioneira, algumas semanas depois de sua mãe, Katarzyna, ter sido executada. Seus retratos originais estão em exibição no Museu Estatal de Auschwitz-Birkenau, na Polônia.
Fonte: Daily Mail












