A irlandesa Avril McDonnell sabia que havia algo de errado com seu corpo. Por mais de uma década, ela sentia frequentes palpitações cardíacas e extrema fadiga. Quando foi ao médico, foi diagnosticada com ansiedade e, mesmo após tomar medicação, seus sintomas pioraram!
Ela percebeu que, ao aproximar-se dos seus últimos anos do ensino médio, tornou-se ainda mais fraca e não conseguia fazer simples coisas, como dançar.
Durante a faculdade, sua situação piorou mais ainda. “Meus anos de faculdade eram uma batalha constante com exaustão e fadiga. Eu estava exausta o tempo todo. Mesmo uma sessão de ginástica bem moderada me deixaria destruída e minhas articulações e ossos iriam doer muito depois”, disse ela.

Além do constante sentimento de exaustão, Avril também sofreu diversos outros sintomas, incluindo dor nas articulações, erupções cutâneas, vômitos, náuseas e insônia, que ela disse que foram todos também diagnosticados e tratados como ansiedade e depressão. Ela sabia que tudo aquilo era mais do que ansiedade.
Após a formatura, Avril começou a trabalhar em tempo integral. Foi nesse momento que decidiu bater o martelo de uma vez por todas. “Fiquei tão frustrada porque conhecia meu corpo e sabia que havia algo mais profundo do que ansiedade e depressão. No entanto, todos os testes que eu fazia estavam saindo saudáveis e no papel tudo parecia normal. Foi uma batalha física e mental para mim e fiquei totalmente frustrada”.
Ela se afastou do trabalho e finalmente encontrou um médico especializado em doenças infecciosas. Ele provou que a jovem sofria da doença de Lyme e não ansiedade e depressão. Trata-se de uma doença grave que é transmitida por uma picada de carrapato, que deposita bactérias na corrente sanguínea. Estima-se que o número de casos da doença Estados Unidos é de cerca de 300 mil por ano.

Nem todos esses casos são devidamente diagnosticados, como podemos ver o que aconteceu com Avril. Os sintomas de Lyme imitam os mesmos de outras doenças, em que ambos incluem febre, erupção cutânea, dor de cabeça, fadiga, artrite, batimentos cardíacos irregulares, dor nervosa e problemas de memória. “Diagnosticar a doença de Lyme é muito complexo, e os resultados não são geralmente definitivos, então meu sangue estava tentando negar isso. É por isso que muitas pessoas vivem sem diagnóstico com a doença de Lyme, da mesmo forma que eu”, explicou a jovem.
Felizmente, se for diagnosticado corretamente, o tratamento para a doença de Lyme é bastante direto. Na maioria dos casos, o uso de antibióticos é tudo o que é necessário para aliviar os sintomas e tratar a doença. Entretanto, para Avril, seu tratamento não foi tão simples. Os antibióticos danificaram seu fígado e causaram hepatite induzida por drogas, então seu tratamento futuro é incerto.

Mesmo assim, ela se recusa a desistir da esperança. Enquanto continua sua batalha, sua experiência é um lembrete para todos nós confiarmos em nossos instintos e continuar lutando.
Fotos: Divulgação, Reprodução Facebook












