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Médico revela o quanto ter estado próximos dos mortos e feridos da boate Kiss impactou em sua vida e carreira

O quanto você é capaz de lidar com pressão? Consegue tomar decisões importantes em um piscar de olhos? E se você precisasse agir imediatamente para salvar uma vida, teria calma para lidar com a situação sabendo que cada segundo faz toda a diferença?

Parece ser bem difícil para uma pessoa estar sob uma realidade assim, não é verdade? Mas estas situações remetem há um dia comum de trabalho de médicos de uma especialidade que, aos poucos, vem se firmando cada vez mais no Brasil: os emergencistas.

Em Canoas, no Rio Grande do Sul, o Dr. Carlos Drumond Dornelles decidiu que queria se tornar médico emergentista após vê-los em ação pela primeira vez: “Eles tinham minutos, segundos para salvar uma vida. E eles conseguiam fazer isso”, disse em entrevista ao Fantástico, da TV Globo.

E estando já atuante na profissão, o doutor relembra que a medicina de emergência entrou definitivamente em sua vida quando ele trabalhava no município de Santa Maria, pois entre os médicos da cidade, existia uma preocupação. Haviam vias movimentadas de alto fluxo de veículos – principalmente com caminhões carregando cargas – trens passando por dentro da cidade e bases militares e o município não contava com nenhum tipo de plano de ação para o caso de acidentes acontecerem.

  1. O Dr. Carlos Dornelles – Foto: Zero Hora

Pensando nisso, Dr. Carlos decidiu tomar uma ação e ajudou a preparar um plano de treinamento e acionamento rápido dos médicos da região para o caso de alguma emergência ocorrer: “Fizemos [com o auxílio de outros médicos] uma lista com os números telefônicos que ficavam impressos em uma folha. E cada viatura, cada ambulância tinha essa folha”. Até que durante uma noite, enquanto dormia, Dornelles foi bruscamente acordado por um médico do SAMU local para lidar com uma verdadeira tragédia: a boate Kiss havia pegado fogo.

A madrugada do dia 27 de janeiro de 2013 foi marcada pelo caos. O incêndio na boate deixou 242 mortos e mais de 800 feridos, sendo a maior tragédia da história do Estado.

  1. A boate Kiss após o incêndio – Foto: Bahia Recôncavo / Reprodução

Dr. Carlos trabalhou no resgate de pacientes em condições mais graves para que eles fossem removidos até a base aérea de Santa Maria. Contudo, havia uma última vítima – que estava desenganada – a ser socorrida que marcou o médico: “Delvani estava numa situação muito grave. Ele tinha muitas queimaduras e o quadro era bem complexo”, disse Dornelles. Até que chegou a notícia que ele chegou vivo à capital gaúcha: “No momento em que nós recebemos aquela notícia foi uma mistura de alegria, emoção, alívio, porque ele chegou vivo”, contou o médico, emocionado.

Os dois – emergentista e paciente – se tornaram amigos. Em depoimento emocionante, Delvani falou a respeito do medo que sentiu no momento e da importância do doutor em sua vida. E isso você confere no vídeo abaixo (que também conta outras histórias), que dá mais detalhes sobre a história do dr. Carlos (para conferi-lo a partir do caso acima, basta iniciar o vídeo a partir do minuto 11h55).

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Verdadeiros heróis, não é mesmo?

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