O japonês Shigeaki Hinohara fez da medicina a sua grande paixão. Visto por colegas como um médico exemplar e como um verdadeiro mestre, Hinohara viveu até os 105 anos, idade até a qual ele ainda permaneceu, por opção, na ativa em sua profissão.
Em meio a sua invejável longevidade, destacam-se sua saúde mental e física impecáveis. De corpo e alma, sua intensa dedicação de cuidados médicos e humanos a pacientes e profissionais sempre foram notáveis.
E por trás de seu sucesso, existiam segredos. E esses, que atuavam por sua saúde, felicidade e qualidade de vida o Dr. Shigeaki fez questão de compartilhar.
Confira as 12 dicas mais importantes do especialista japonês para ter uma vida mais plena e longeva. Todos os trechos foram retirados de uma entrevista dada por ele aos 97 anos.
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Foto: Ankakh
1 – Mantenha uma alimentação saudável
“Todo mundo que vive uma vida longa, independentemente de nacionalidade, raça ou gênero, dividem uma característica em comum: ninguém está acima do peso.”
2 – Não pegue atalhos
“Para se manter saudável, sempre suba de escadas e carregue as suas próprias coisas. Eu subo de dois em dois degraus, para exercitar meus músculos.”
3 – Não deixe que sua energia juvenil se perca
“Energia vem de sentir-se bem, não de comer bem ou dormir demais. Todos nos lembramos quando éramos crianças e estávamos nos divertindo, como esquecíamos de comer ou dormir e ainda assim éramos cheios de vida. Eu acredito que podemos manter essa atitude enquanto adultos. É melhor não cansar o corpo com regras demais como hora de comer e hora de dormir.”
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Foto: Reprodução
4 – Esteja sempre ocupado
“Sempre se planeje com antecedência. Minha agenda já está completa pelos próximos cinco anos, com palestras e meu trabalho usual, no hospital.”
5 – Mantenha-se trabalhando
“Não há necessidade de se aposentar, mas se for preciso, deve ser bem mais tarde do que aos 65 anos. Cinquenta anos atrás, haviam somente 125 japoneses com mais de 100 anos. Hoje, são mais de 36 mil.”
6 – Não pare de contribuir com a sociedade
“Depois de uma certa idade, devemos nos esforçar para continuar a contribuir com a sociedade. Desde os 65 anos que trabalho como voluntário. Eu ainda trabalho 18 horas, 7 dias por semana e amo cada minuto.”
7 – Compartilhe o seu conhecimento
“Divida o que você sabe. Eu dou 150 palestras por ano, algumas para 100 crianças do ensino médio, outras para 4,5 mil empresários. Eu normalmente falo por uma hora, uma hora e meia, de pé, para permanecer forte.”
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Foto: Yuri Imamura
8 – Entenda e reconheça o valor de diferentes disciplinas
“Sozinha, a ciência não consegue curar ou ajudar as pessoas. A ciência trata a todos como uma coisa só, mas as doenças são individuais. Cada pessoa é única, e as doenças estão conectadas com seus corações. Para entender as doenças e ajudar as pessoas, precisamos de artes livres e visuais, não somente de medicina.”
9 – Siga seus instintos
“Ao contrário do que se imagina, os médicos não conseguem curar tudo e todos. Então qual a razão de causar uma dor desnecessária com, por exemplo, uma cirurgia, em certos casos? Eu acho que a música e a terapia animal podem ajudar pessoas mais do que os médicos imaginam.”
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10 – Deixe o materialismo de lado
“Não enlouqueça pelo acúmulo de coisas materiais. Lembre-se: você não sabe quando sua hora chegará, e nós não levaremos nada daqui.”
11 – Busque inspirações e modelos para sua vida
“Encontre alguém que te inspire para procurar ir ainda mais longe. Meu pai veio para os Estados Unidos estudar em 1900, foi um pioneiro e um dos meus heróis. Mais tarde encontrei outros guias de vida, e quando me sinto paralisado, me pergunto como eles lidariam com o problema.”
12 – Jamais subestime a diferença que momentos de diversão fazem
“A dor é algo misterioso, e divertir-se é a melhor maneira de esquecê-la. Se uma criança está com dor de dentes e você começa a brincar com ela, ela imediatamente esquece a dor. Hospitais precisam oferecer as necessidades básicas dos pacientes: nós todos queremos nos divertir. No St. Luke’s [hospital que dirigiu e trabalhou até o fim da vida] nós temos música, terapia animal e aulas de arte.”
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Nascido em 1911, em Tóquio, Hinohara foi pioneiro no trato mais pessoal e individual de pacientes. E mesmo após a sua morte, em julho deste ano, ele ainda é uma grande inspiração.


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