O Mal de Parkinson costuma aparecer com o avanço da idade, mas nem sempre é assim. Sarah Hill começou a perceber comportamentos estranhos no filho Alex quando dele tinha apenas 8 anos. O menino reclamava de dores nas pernas por dias seguidos após as aulas de educação física, por exemplo.
Preocupada com os sintomas, a mãe o levou ao hospital e apenas ouviu que não havia nada de errado com a criança. Porém, com o passar dos anos, ele foi apresentando mais “estranhezas” em seu comportamento. Sarah contou à BBC que o filho não queria deixá-la de jeito algum, mesmo gostando muito de ir à escola. Além disso, ele se tornou obsessivo e com algumas manias.
Descobre Mal de Parkinson:
Convencida de que algo estava errado, a mãe o levou a um psicólogo e, novamente, foi constatado que não havia nenhum problema com ele. Alex foi desenvolvendo um ligeiro tremor e sua caligrafia foi piorando. O clínico geral consultado riu da sugestão de que pudesse se tratar do Mal de Parkinson, ainda tão jovem. Um pediatra tratou seu quadro como epilepsia, mas não houve mudanças e o menino caia diversas vezes ao dia.

Somente ao ser internado no Hospital Infantil Evelina, em Londres, na Inglatera, aos 11 anos, teve o diagnóstico correto. Se tratava do Mal de Parkinson juvenil. Hoje, 11 de abril, é o Dia Mundial da Doença de Parkinson e contar a história de Alex é extremamente importante para trabalhar a conscientização sobre a doença. Ela pode desencadear uma série de sintomas, além do tremor, como mudanças no humor, notados no caso do menino.

O professor David Dexter disse: “Sabemos que as pessoas com menos de 40 anos podem muitas vezes lutar para obter um diagnóstico porque o Parkinson juvenil é tão raro. No entanto, o Parkinson pode afetar pessoas de todas as idades. É vital que os profissionais observem os sintomas que uma pessoa tem.”, explica.

Mudanças após o diagnóstico:
Um ano após ser diagnosticado com a doença, Alex já estava em uma cadeira de rodas e precisou mudar de escola, para uma que atendesse crianças especiais. Aos 14 anos, ele parou de responder ao medicamento e passou por um tratamento com estimulação cerebral profunda. O procedimento ofereceu uma melhora no quadro.
A mãe conta que sentiu como se estivesse em um ‘buraco negro’ ao receber o diagnóstico. Hoje com 24 anos, o jovem se alimenta por um tubo e encontra dificuldades para engolir, assim como para dormir. Uma página para financiar alguns equipamentos e dispositivos que ajudariam na melhora da qualidade de vida de Alex foi criada. Enquanto isso, a mãe segue se dedicando aos cuidados com ele, sempre ao seu lado.
Foto: Reprodução/ BBC
Fonte: Mirror












