Marido adapta a casa e constrói andar só para a esposa após descobrir que ela tem alergia a ele

Você conseguiria imaginar como seria a sua vida se você tivesse alergia a tudo? Para começo de conversa, parece um exagero pensar em tal hipótese, afinal, como alguém poderia ser alérgico a tudo? Pois bem, essa é a vida de Johanna Watkins, de 29 anos.

A mulher começou a notar alguns sintomas estranhos em seu corpo há alguns anos. Quando ela chegava perto do marido, Scott, ela tossia sem parar. E sua crise piorava quando ela se encaminhava até a sala de sua casa, onde ela chegava a ter choques anafiláticos – reação alérgica grave e que pode ser fatal.

Para tentar entender o que acontecia com Johanna, o casal procurou por vários médicos. E após 30 diagnósticos errados (acredite), enfim, foi descoberto o problema: ela era portadora de mastocitose, o que fazia sofrer reações anafiláticas a mais de 100 alergias. Infelizmente não há cura para sua doença, e para você ter uma noção do quanto isso afeta sua vida, ela só consegue ficar perto de três pessoas – seus irmãos, que se tornaram seus cuidadores.

1. Foto: Scott Watkins

Scott e Johanna perceberam que o diagnóstico mudaria completamente suas vidas. Eles teriam que se adaptar a uma situação bastante incomum. Mesmo sendo casados, eles sequer poderiam ficar próximos um do outro. Durante o último ano, Johanna viveu no quarto de uma amiga com janela e portas seladas, e toda a comunicação com a família era realizada via Skype. Ela só saía do local quando tinha consultas médicas marcadas.

1. Tristemente, segurar as mãos não é mais um gesto da rotina do casal – Foto: Scott Watkins

1. Johanna passa por sessões de quimioterapia – Foto: Scott Watkins

Enquanto isso, o marido se movimentada em um esgotante processo de mudanças e renovação de uma casa em Minneapolis, EUA. Ele a transformaria em um refúgio para a amada. Apesar de saber que não poderia ter contato físico com ela, ele fazia questão de tê-la por perto. Nem mesmo a grave doença seria um obstáculo para o amor que ele sentia.

Assim, com as reformas concluídas ele transformou o andar superior em uma casa para ele, enquanto todo o andar de baixo foi cuidadosamente montado para que Johanna pudesse viver. Todas as alergias foram levadas em consideração e tudo foi trocado, desde o piso até a pintura. A volta para casa mexeu com as emoções da esposa, que não segurou as lágrimas ao voltar para o lar.

Hoje, o casal vive junto e busca se adaptar da melhor maneira possível a todas as limitações que cercam a vida de Johanna. Mas o mais importante é que o amor não deixará de existir. Cada vez mais pesquisas indicam para tratamentos mais eficazes contra a doença, e embora ainda não haja uma cura, esperamos que pelo menos Johanna possa melhorar cada vez mais e, quem sabe, com o tempo poder dividir o mesmo espaço com o marido novamente.