Ciência e saúde

Entenda o que é a síndrome que afetou Marcos Pasquim. A doença pode causar pânico e isolamento

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O ator Marcos Pasquim abriu o jogo ao revelar que já sofreu com um sério problema psicológico. Chamado de agorafobia, o transtorno de ansiedade que atingiu o artista pode ter graves consequências na qualidade de vida de seu portador, principalmente quando ele não é tratado da melhor maneira.

A síndrome, que pode causar pânico, isolamento e até mesmo paralisação, é pouco conhecida. E assim como outras doenças de perfil semelhante, é carregada de estereótipos e tabus a serem quebrados.

O que é a agorafobia

Em entrevista ao portal Vix, o psiquiatra Rafael Brandes Lourenço, da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), explica que a síndrome é caracterizada, principalmente, pelo medo súbito. O portador fica sem reação diante de situações ruins e isso pode paralisá-lo.

Como os sintomas da doença estão diretamente ligados a pensamentos de medo, o transtorno também está ligado à síndrome do Pânico. “Começou com pensamentos. Eu fui para uma viagem e, na época, minha namorada – hoje minha esposa – subiu em uma pedra e eu falei: ‘Desce daí’. Eu nunca tive medo de altura nem nada, e, quando falei ‘desce daí’, pensei: ‘Essas palavras não são minhas’”, contou o ator durante participação no programa Encontro, da Rede Globo, enquanto falava sobre os primeiros indícios da doença.

Pasquim revelou que o agravamento da agorafobia o abalou mental e até mesmo fisicamente. Ele se sentia preso.

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Foto: Estevam Avellar / TV Globo

Sintomas

Normalmente, os primeiros indícios da síndrome estão voltados à maneira como o corpo reage fisicamente a pensamentos ruins. A sensação de medo se torna maior. Sintomas como falta de ar, taquicardia, dor no peito e ansiedade podem ser notados.

Embora, como explica o especialista, parte da sensação seja desejável por manter o paciente alerta diante de situações de perigo, a frequência do ato e o sentimento de medo em situações às quais nada aparenta perigo podem comprometer severamente a qualidade de vida. O desenvolvimento da doença pode desencadear crises de pânico e até mesmo reclusão total de seu portador.

Foto: Asociacion Ayuda

Tratamento

A agorafobia deve ser tratada com acompanhamento médico. É essencial. O profissional será responsável por receitar medicamentos que aliviam não somente o quadro mental, como também o físico. E o mais importante é que, assim como em casos de depressão, ansiedade ou isolamento, a doença não seja ignorada ou deixada de lado sob o contexto de ser ‘algo passageiro’, pois não é.

Fonte: Vix 

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