Imagine ter seu filho trocado na maternidade? Além de um absurdo, é uma situação horrível para qualquer mãe!
Marcelle Pantoja fez um relato à revista Crescer, acusando o hospital em que sua segunda filha nasceu de tê-la trocado na maternidade, em maio do ano passado. Ela conta que enfim pode falar sobre o caso, que corria em segredo de justiça: segundo ela, apesar da lei determinar que a grávida tem direito a um acompanhante durante o parto, ela teve que entrar no centro cirúrgico sozinha. Durante o procedimento, Marcelle disse que sentiu um mal pressentimento e um misto de sensações ao enfim ter a filha em seus braços:
“Foi um misto de emoções, sorria e chorava ao mesmo tempo. Ela nasceu perfeita e com saúde. Não consegui ver o rostinho direito, estava com resíduos do parto e o anestesista me mostrou muito rápido. Foi só o tempo de a enfermeira tirar uma foto e levá-la para o berçário.”
Seu marido ficou ao seu lado após o parto e perguntava sobre a bebê, que foi levada para o berçário:
“Após o parto, mostraram a ele no berçário a mesma bebê que nos entregaram horas depois. Aflito pela demora, temeu algum problema de saúde com ela e perguntou às enfermeiras do andar o que estava acontecendo. Mas nem elas sabiam o porquê.”
Seis horas depois, a criança finalmente foi entregue ao marido de Marcelle – ela estava no mesmo berço que outra bebê, que acreditam se tratar da filha biológica. Ela usava as roupas que o casal tinha entregue na recepção, mas já era bebê trocada! Mas em pouco tempo, eles perceberam o que havia acontecido:
“Por volta de onze horas da noite, uma senhora entrou no meu quarto já sabendo o meu nome e disse: ‘Marcelle, você tem certeza que essa bebê que está com você é sua filha?’ Gelei na hora. Ela continuou: ‘Minha neta está com a pulseirinha de identificação com o seu nome e ela é bem cabeluda, diferente da foto do parto.’ Verificamos, então, que a bebê que estava comigo não tinha pulseira de identificação.” Ela notou que uma pessoa do hospital entrou no seu quarto sem pretexto algum e colocou uma pulserinha na criança que Marcelle segurava, e pediu para uma prima tirar foto do bebê, mas não foi o suficiente para provar a troca.
Marcelle conta que quase um dia inteiro após o ocorrido, a equipe do hospital, sem preparo algum e sugeriram um exame de DNA entre as duas famílias. Após o procedimento, pediram para permanecerem cinco dias no hospital, mas Marcelle acreditava que se tratava de sua filha e não quis ficar, além disso o hospital pediu para não registrar a criança, o que dificultou alguns exames essenciais e demonstrou a incerteza do local sobre a identidade da criança.
A bebê que ela levou para casa acabou ficando seriamente doente e dessa forma, ela descobriu, pelo exame de sangue dela, de que não se tratava da filha de Marcella:
“Para minha decepção e dor, foi a prova de eu ela não era a nossa filha! A tipagem não era compatível com a nossa! Eu e meu esposo somos O positivo e a bebê era A positivo. Saí desnorteada do berçário, com ela nos meus braços. Meu esposo veio ao nosso encontro e choramos muito. Foi uma dor na alma, algo indescritível.”
As famílias envolvidas ainda levaram dias para ter respostas concretas sobre o que estava acontecendo e Marcella chama atenção para a negligência do hospital e finalmente eles se encontraram, tudo foi esclarecido e os bebês, destrocados. Agora que passam bem, ela faz um alerta:
A frustração de não estar presente nos primeiros 28 dias de vida da minha filha. Os medos, a culpa, o “se”. O silêncio sobre o caso. A indiferença de muitos. Os julgamentos de quem não esteve presente na sua dor. Problemas do dia a dia. Enfim, foi um somatório de traumas, que nos ensinaram lições valiosas. Ser forte, confiar e viver na total dependência de Deus foram algumas delas. Não temos como voltar no tempo, no entanto, podemos fazer o alerta e impedir que outras mães vivam o mesmo!”![]()
Toda essa situação causou um transtorno inimaginável à essas famílias e o alerta e depoimento dessa mãe são essenciais!
Foto: Reprodução/ Internet/ Arquivo Pessoal











