Imagine a dor de descobrir que seu filho nasceu morto? Terrível, não é mesmo? Nelly Reyes soube exatamente o que é passar por isso. Hoje com 61 anos, ela deu à luz há muito tempo atrás em um hospital no Chile; no momento de ter seu bebê nos braços, foi informada de que ele tinha morrido. Ela não recebeu qualquer documento atestando o óbito da criança ou sequer viu seu corpo. Por décadas sofreu a perda do filho.
A verdade é que o menino, chamado Travis Tolliver, foi sequestrado e dado para adoção. Foi recebido por uma família em Tacoma, Washington, nos Estados Unidos, que acreditava que ele tinha sido abandonado. A explicação para o caso, dada por muitas pessoas, é de que Travis tenha sido um dos “Filhos do Silêncio” – possivelmente milhares de crianças que foram colocadas ilegalmente para adoção no Chile durante a ditadura nas décadas de 1970 e 1980.

Aos 20 anos, Travis tentou procurar a mãe biológica, mas falhou. Depois de um tempo, descobriu sobre os “Filhos do Silêncio” e passou a pesquisar sobre o assunto. Em entrevista à CNN, ele contou que sentia que precisava achar a mãe, tanto por ele quanto pelos seus dois filhos. Logo ele encontrou uma página nas redes sociais sobre crianças adotadas no Chile; Travis passou seus dados para os organizadores, que foram capazes de localizar sua mãe.

Mãe e filho se reencontram:
Finalmente, depois de mais de 40 anos separados, eles puderam se reencontrar. E a felicidade de Nelly mal cabia em seu peito ao descobrir que o filho não estava morto e sim, ali, em sua frente: “Eu vou abraçá-lo todos os dias. Eu o amo tanto!”. Eles falam línguas diferentes, Nelly só fala espanhol e Travis, inglês, mas nada disso impediu que o amor entre os dois transbordasse.

Ele se sentiu realizado e feliz por saber que a mãe na verdade não o abandonou, como passou todos esses anos pensando. Agora, ele está determinado a procurar sobre seu passado e trabalha com as autoridades para descobrir mais informações. É lindo ver a emoção dos dois ao vivenciar esse momento que só eles poderiam explicar.
Foto: Reprodução/ Arquivo Pessoal/ CNN
Fonte: Uplift