A violência obstétrica existe e é preciso falar sobre isso para encorajar as mulheres que sofreram algum tipo de agressão durante o parto a desabafarem e discutirem o assunto.
Caroline Malatesta passou justamente por isso e agora conta sua história para que outras mães também possam fazer o mesmo. Ela já tinha três filhos e queria que o quarto nascesse por parto normal. Pesquisando, ela encontrou o hospital Brookwood Baptist Medical Center e viu que eles tinham ótimas condições para esse tipo de procedimento, logo, optou por ele. Em conversas com um médico no local, ele afirmou que Caroline tinha feito a escolha certa.
Mas a atitude das enfermeiras e da equipe médica que realizou seu parto tornou todo seu sonho em um pesadelo: segundo Caroline, quando ela se posicionou confortavelmente da maneira ideal, as enfermeiras a forçaram a ficar de costas e empurraram a cabeça de seu bebê para dentro dela, fazendo com que seu próprio corpo lutasse para dar à luz à criança, à espera do médico.
Quando ele enfim apareceu, Caroline pôde dar à luz ao seu filho Jack. Posteriormente, ela e sua família fizeram inúmeros questionamentos ao hospital sobre o procedimento adotado, mas não receberam resposta alguma. Ao perceber que a dor que sentia após o parto persistia, ela resolveu consultar um especialista e suas suspeitas se confirmaram: ao empurrar seu bebê de volta e impedi-la de dar à luz naquele momento, as enfermeiras tinham causado danos permanentes em seu corpo.
Hoje, com fortes dores silenciosas, ela não poderá ter outros filhos, por exemplo. Após dois anos lutando pelos seus direitos o tribunal finalmente decidiu a favor Caroline. Eles lhe concederam um total de US $ 16 milhões pelo que passou, incluindo danos punitivos e fraude imprudente por parte do hospital. Mesmo com as dores, Jack é saudável e ela fala sobre a importância de tornar o assunto público:
“Eu sinto que, de todas as mensagens que recebi, muitas mulheres finalmente sentem que podem falar sobre isso (traumas durante o parto)”, disse Caroline. “Espero que a minha atitude de falar sobre isso abertamente incentive mais mulheres a fazê-lo”, finaliza.


O caso dela levanta a questão da violência durante o parto e é sim capaz de fazer com que outras mulheres se sintam confortáveis para revelar se já passaram por isso.
Foto: Reprodução/ Facebook/ Internet













