O livro “Ganbareba Shiawase ni Naeruyo” (“Continue tentando, você vai ser feliz”) foi publicado em 2007 e virou fenômeno de vendas. O livro conta a história real de Toshiko, uma mãe que expõe no livro as conversas que teve com o filho, Naoya, durante a luta que ele travou contra o câncer.
Foram 4 anos de muita dor, mas sem perder qualquer esperança. Naoya, embora um menino de apenas 9 anos, tinha consciência plena da sua existência e acreditava em um futuro.
Aos 5 anos, ele descobriu que tinha um tumor maligno raríssimo chamado de Sarcoma de Ewing, cujo tratamento envolvia uma radiação fortíssima para combater a metástase em seu corpo.

Os efeitos colaterais da quimioterapia impactaram drasticamente sua vida. Antes, um menino que adorava brincar na rua; depois, alguém que vivia em hospitais.

Meses depois, após ser informado que o câncer tinha sumido, os médicos descobriram outro tumor em diferentes regiões do seu corpo.
Toshiko, sua mãe, permaneceu todo tempo ao seu lado, sofrendo junto com ele e desejando estar em seu lugar.
“Ele balançava a cabeça e dizia, ‘Não, você não poderia, tinha que ser eu. Só eu posso aguentar isso. Seria muito pra você, mamãe’.”

E mesmo com tudo isso, Naoya nunca reclamou para a mãe. Não queria preocupá-la.
Com o passar dos anos, o quadro clínico do garoto foi piorando. O câncer se espalhou para outras regiões de seu frágil corpo, incluindo a medula óssea.

Após uma crise forte de dispneia, os médicos avisaram Toshiko que o menino sobreviveria por mais 12 horas. Arrasada, ela voltou ao quarto para vê-lo e surpreendeu-se com suas palavras.
“Mãe, se eu tivesse morrido sofrendo daquele jeito, isso teria te deixado chateada. Por isso que eu realmente tentei. Mesmo que tenha sido muito difícil. Eu sei o que você fez por mim, mãe. Você gritou: “doutor, rápido!”. Não se preocupe. Eu nunca vou morrer daquele jeito. Eu quero viver e ser alguém um dia. Eu vou viver e vou ser um homem velho um dia. Se você continuar tentando, você sempre vai ser feliz no final. Algumas coisas são difíceis mas, no final, tudo sempre vai ficar bem.”
Em 2 de julho de 2001, Naoya descansou em paz. Isso ocorreu 2 semanas após os médicos terem dito que ele sobreviveria por mais 12 horas, surpreendendo toda a ala médica. Semanas depois, uma das enfermeiras contou o que o menino havia confidenciado a ela:
“Sabe, eu não posso morrer agora. Minha mãe não está preparada mentalmente e é por isso que eu ainda não posso morrer.”

Apesar de toda a história de amor entre mãe e filho, Toshiko não chorou em sua despedida. Ela lembrou de suas sábias palavras:
“Mãe, não fique deprimida quando eu partir. Você precisa ser feliz e continuar vivendo. A alma é eterna, mesmo depois que o corpo se for.”

A história do menino inspirou milhares de pessoas. Se você acredita em suas palavras, não deixe de compartilhar essa mensagem com seus amigos e familiares.












