É verdadeiramente triste que uma criança precise sentir na pele os efeitos do preconceito. E é sob tal perspectiva que já se encontra a pequena Charlie, de apenas um ano e sete meses. A garotinha sofre de psoríase, uma doença de pele que faz com que manchas e escamação de células surjam em seu corpo, o que a faz sofrer com marcas e coceira.
Diante de todo o julgamento que vê a filha receber, a mãe, a norte-americana Ashley Nagy, 29, decidiu compartilhar uma foto da filha nas redes sociais com um apelo para que as pessoas não se afastem da menina por causa das marcas. “Não é contagioso”, disse a mãe.
Ashley revela que o receio de outros pais em relação a Charlie faz com que eles mantenham suas crianças longe dela, o que mexe profundamente com a menina, que não compreende a rejeição. Além disso, ela e o marido, Andrew, são constantemente acusados de terem deixado a garotinha se queimar no sol.

“Estranhos podem ser muito cruéis sobre isso, por exemplo, quando nós a levamos ao parquinho outros pais tiram seus filhos dos brinquedos”, conta Ashley. “Minha resposta a esse tipo de atitude é pegar Charlie no colo e beijá-la para que as pessoas vejam que não é contagioso. Ficar perto dela não vai machucar ninguém”, completa.
Outro tipo de comentário maldoso – e muito ouvido – que perturba a família é o pedido de muitas pessoas para que os pais não saiam com a menina em público. “Mas essas pessoas são extremamente ignorantes, então nós apenas as ignoramos”, comentou a mãe.

O diagnóstico de Charlie foi dado aos quatro meses de vida quando os pais perceberam que pequenas manchas surgiam no corpo da menina. A criança passa por tratamentos de luz, banhos especiais e passa pomadas para aliviar os sintomas. “Nossa rotina noturna consiste em banho com óleos essenciais e um shampoo especializado. Depois passamos manteiga orgânica nela para as manchas não descamarem”.
Atualmente, mas de 125 milhões de pessoas ao redor do mundo são atingidas pela psoríase.












