A Síndrome de Down ou trissomia do 21 é uma alteração genética caracterizada por problemas no desenvolvimento corporal e cognitivo, além de causar deficiência intelectual em diferentes graus. Por mais incrível que possa parecer, ainda há muito preconceito relacionado a doença, em especial pela falta de conhecimento.
Por isso, é importante trabalhar a conscientização social e debater as questões de inclusão. Com isso, o Dia Internacional da Síndrome de Down, celebrado hoje (21), é essencial. Rosana Araújo, de 53 anos, moradora de Santos, São Paulo, é um exemplo de quem lida diariamente com essa realidade: Seu filho mais velho, Vicente, de 30 anos, foi adotado e tem Síndrome de Down, assim como João Lucas, de 28, filho biológico. João Matheus, de 17 anos, tem paralisia cerebral. Além das alegrias e dificuldades em casa, há sempre os olhares curiosos para os filhos das pessoas nas ruas.
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Quando João Lucas nasceu, foi um baque, como Rosana conta ao G1. Na época, não havia muita informação sobre a Síndrome de Down e era um caminho ainda desconhecido. Mas, o amor pelo filho era muito mais forte do que o medo do que viria pela frente: “A enfermeira trouxe o meu filho e eu o coloquei na cama. Olhei cada detalhe. Peguei no colo e aquele momento, se eu viver 200 anos, o sentimento vai comigo para a eternidade. Era tanto amor, uma luz tão forte. Foi mágico, todos os pensamentos ruins ficaram para trás”, lembra.
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Amizade transformadora:
Com o tempo, alguns problemas de saúde foram surgindo, mas a amizade entre João e Vicente, ainda vizinho da família, ajudou a superá-los. Somente após a morte da mãe de Vicente é que começou a luta de Rosana para adotá-lo. Somente em 2013, quando o jovem tinha 23 anos, é que ela conseguiu o direito de tê-lo finalmente em casa.
“Muitas vezes as pessoas não entendem, mas não fui eu que ajudei ele, ele que me ajudou. Vicente sempre foi muito bonzinho e estimulava o Lucas a ser também. Eles me ajudavam e o Vicente acalmava o Lucas. Ele é um exemplo muito bom”, revela Rosana.
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Todas as experiências vivenciadas e as lutas diárias serviram de inspiração para que Rosana escrevesse um livro. ‘Hoje… Só Gratidão’, é onde a mãe relata sua convivência com os filhos. la com gestos. É feliz e bem resolvido. Todos perguntam como eu lidei com tudo isso: dois Downs e um cadeirante. Eu não poderia mudar as condições de nenhum deles, então escolhi conviver da melhor forma possível e proporcionar o desenvolvimento”, conta.

Para ela, o importante é o respeito que as outras pessoas têm com o filho. É impossível ver a história de Rosana e não se inspirar pelo menos um pouco a fazer a diferença e dar seu melhor para o próximo.
Foto: Reprodução/ Arquivo Pessoal
Fonte: G1













