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Lília Cabral

Em entrevista emocionante, Lília Cabral revela que seu pai a culpou pelo câncer da mãe

No auge de seus 60 anos, a atriz Lília Cabral abriu o jogo ao falar sobre sua carreira e família à Folha de S. Paulo. Ao jornal, a global contou que não foi fácil entrar no mundo artístico. E para alcançar o sucesso, antes ela precisou enfrentar a resistência do próprio pai, que não era favorável a sua escolha pela profissão. “Eu era muito reprimida pelo meu pai. Havia um impedimento de eu ser o que eu gostaria de ser. Eu lembro que eu assistia às novelas e ficava me imaginando o tempo inteiro no lugar da Dina Sfat, da Glória Menezes”, contou.

Paulista, Lília deixou São Paulo aos 26 anos, quando se mudou para o Rio de Janeiro. E o processo de transição em prol da carreira foi marcado pela reprovação que sofreu em seu lar. E o momento mais doloroso foi quando seu pai jogou em suas costas a culpa pelo sofrimento da mãe, portadora de câncer.

“Quando eu voltei [a São Paulo], meu pai falou: ‘Olha, você quer morar no Rio, quer fazer sua vida, quer ser atriz. Então, eu não quero mais que você entre na minha casa‘. E eu nunca mais entrei. Cada vez que eu queria ver minha mãe, eu tinha que combinar de vê-la na casa da minha tia. E meu pai eu não via. Mas minha mãe ficou doente. Aí eu voltei. Mesmo assim, o encontro foi horrível, porque meu pai me culpou pela doença dela”, relembra a atriz, que perdeu a mãe seis meses depois.

Foto: Reprodução

Apesar de todo o ocorrido, a relação de Lília com o pai não se limitou à tristeza. E o tempo foi capaz de uni-los um pouco mais, embora as marcas do passado ainda não tenham sido totalmente superadas. “Sobrou meu pai, só que depois daquela mágoa, daquela forma repentina de me anular da vida deles, fica muito difícil a gente ter alguma coisa, assim, de coração. Mesmo assim, eu jamais abandonei. Trazia meu pai pra cá, levava para as peças. Aí ele começou a ter orgulho, bastante. A gente entende, a gente perdoa, mas é difícil limpar o coração totalmente. Humanamente, acho que é até normal a gente sentir alguma dor. Poxa, se não tivesse feito isso, a vida da gente poderia ter sido outra”, disse.

Foto de Capa: Globo / Divulgação
Fonte: Cláudia

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