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Leite faz bem ou mal? Descubra os efeitos do consumo na saúde

O leite ainda é um aliado da saúde? Entenda o que dizem os especialistas

Presente na alimentação humana há milhares de anos, o leite é um dos alimentos mais consumidos no mundo, especialmente em sua forma integral ou como base de derivados como queijos e iogurtes. Rico em nutrientes como cálcio, proteínas e vitaminas, ele é apontado como importante para a formação óssea e manutenção da saúde muscular. Mas será que ele é tão benéfico assim para todos?

Nas últimas décadas, o debate sobre os efeitos do leite na saúde ganhou espaço entre nutricionistas, médicos e pesquisadores. Enquanto muitos reforçam os seus pontos positivos, outros alertam para riscos em casos específicos ou em consumo exagerado. Entenda a seguir os principais prós e contras desse alimento tão presente no cardápio dos brasileiros.

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Por que o leite é considerado um alimento completo

Fonte de cálcio e fortalecimento ósseo

O leite de vaca contém altas concentrações de cálcio, mineral essencial para o fortalecimento de ossos e dentes. Uma única porção (em média 200 ml) pode suprir cerca de 30% da necessidade diária de um adulto. A presença de vitamina D, fósforo e magnésio também contribui para a absorção eficiente do cálcio pelo organismo.

Proteínas de alto valor biológico

Além dos minerais, o leite é reconhecido por conter proteínas completas, como a caseína e o soro do leite (whey protein). Esses compostos são importantes para a construção e reparação dos músculos, além de auxiliarem na saciedade e no controle da fome.

Benefícios para o coração e controle da pressão

O leite também fornece potássio, mineral que ajuda a equilibrar os níveis de sódio no organismo, contribuindo para a regulação da pressão arterial. Algumas pesquisas associam o consumo regular de laticínios com menor risco de hipertensão e doenças cardiovasculares, especialmente quando opta-se por versões com menor teor de gordura.

Quando o leite deixa de ser saudável

Intolerância à lactose

A intolerância à lactose é uma condição em que o organismo não produz enzimas suficientes (lactase) para digerir a lactose, o açúcar natural do leite. Essa condição pode causar inchaço, gases, cólicas, diarreia e desconforto abdominal. Ela é comum em adultos e pode variar de leve a severa.

Alergia à proteína do leite

Diferente da intolerância, a alergia à proteína do leite ocorre quando o sistema imunológico reage às proteínas do leite, como a caseína e a beta-lactoglobulina. Esse quadro é mais comum em crianças e pode provocar sintomas como urticária, vômitos, dificuldades respiratórias e até anafilaxia, em casos graves.

Excesso de gorduras saturadas

Versões integrais do leite contêm quantidades consideráveis de gorduras saturadas, que, quando consumidas em excesso, estão associadas ao aumento do colesterol LDL (ruim) e a maior risco de doenças cardíacas. Por isso, profissionais de saúde costumam recomendar leite desnatado ou semidesnatado para quem busca uma dieta mais leve.

Possíveis relações com alguns tipos de câncer

Há estudos que sugerem uma associação entre consumo excessivo de leite e maior risco de câncer de próstata ou ovário, especialmente devido ao alto teor de cálcio e possíveis resíduos hormonais presentes no leite industrial. Embora não exista consenso definitivo, esses achados levantam a necessidade de moderação e acompanhamento médico, especialmente em indivíduos com histórico familiar dessas doenças.

O leite cru e os riscos à saúde pública

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Imagem – Bestofweb/Canva

Consumido por algumas pessoas por acreditarem em seus benefícios naturais, o leite cru (não pasteurizado) oferece riscos significativos. Sem o processo de pasteurização, ele pode conter microrganismos patogênicos como Salmonella, E. coli e Listeria, causadores de doenças graves. Crianças, idosos e gestantes estão entre os grupos mais vulneráveis a essas infecções. A recomendação oficial de entidades como a Anvisa e a OMS é clara: evite leite cru. Sempre opte por leite pasteurizado ou ultrapasteurizado (UHT), que passam por processos térmicos que eliminam agentes infecciosos sem comprometer o valor nutricional do alimento.

Leite é essencial? Alternativas e substituições possíveis

Leites vegetais e bebidas alternativas

Para quem não pode ou não deseja consumir leite de origem animal, há diversas opções vegetais disponíveis no mercado, como leite de soja, aveia, amêndoas e coco. Essas bebidas, quando enriquecidas com cálcio, vitamina D e B12, podem substituir o leite de vaca com segurança. Contudo, é importante observar o rótulo e evitar versões com excesso de açúcar adicionado.

Leites com redução de lactose

Atualmente, há no mercado leites com teor reduzido ou nulo de lactose, desenvolvidos especialmente para pessoas intolerantes. Essas versões preservam os nutrientes do leite tradicional, mas são digeridas com mais facilidade.

Dietas equilibradas sem leite

Embora o leite seja uma fonte prática de cálcio e proteínas, ele não é insubstituível. Vegetais verde-escuros (como couve e brócolis), sementes (como chia e gergelim), leguminosas, sardinha em conserva e alimentos fortificados podem suprir as necessidades desses nutrientes, desde que haja variedade na alimentação.

O que dizem os nutricionistas sobre o consumo ideal

Profissionais de saúde reforçam que o leite pode ser um aliado importante da alimentação, mas que seu consumo deve ser adaptado às necessidades individuais. Abaixo, veja recomendações gerais: crianças e adolescentes em fase de crescimento podem se beneficiar do consumo diário de 2 a 3 porções de leite ou derivados. Adultos podem consumir entre 1 a 2 porções diárias, ajustando a quantidade conforme o restante da dieta. Idosos devem manter uma ingestão adequada de cálcio, seja por meio de leite ou outros alimentos, para prevenir a osteoporose. Em casos de restrições (intolerância, alergia ou veganismo), é fundamental buscar alternativas nutricionalmente equivalentes.

A chave está no equilíbrio

Como acontece com a maioria dos alimentos, o segredo está no equilíbrio. Consumido com moderação, o leite pode ser uma fonte valiosa de nutrientes para o corpo. No entanto, exageros ou consumo desinformado — especialmente em situações clínicas específicas — podem trazer efeitos indesejados.

Considerações finais

O leite continua sendo um alimento amplamente estudado e debatido pela ciência nutricional. Rico em cálcio, proteínas e vitaminas, ele oferece benefícios importantes para a saúde óssea, muscular e metabólica. No entanto, também apresenta riscos para quem tem intolerância, alergia ou histórico de doenças relacionadas ao seu consumo. A decisão de manter ou substituir o leite na dieta deve ser personalizada e, sempre que possível, orientada por um nutricionista ou médico. O importante é garantir uma alimentação equilibrada, variada e segura, respeitando as necessidades de cada indivíduo.

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