O amor que uma mãe sente pelo seu filho não tem barreiras. Seja ele biológico ou não, o mundo já sabe muito bem que mãe é quem cria e quem ama e dá carinho.
Histórias de adoção sempre tem uma superação linda por trás, e no último programa “Espelho”, apresentado por Lázaro Ramos no Canal Brasil, a atriz Leandra Leal falou pela primeira vez sobre a sua maternidade.
Para ela, a pequena Julia, de 2 anos, a adotou como mãe e isso é muito transformador e puro. Você quer cuidar, quer proteger e, ao mesmo tempo, quer que essa pessoa cresça e seja livre. Leandra ainda disse que foi um encontro de alma, um amor escolhido.

E tudo começou em dezembro do ano passado, quando ela terminou o processo de adoção da filhinha junto com o seu marido Alê Youseff. Ao contar da sua preocupação em criar uma criança negra no Brasil, Leandra disse que antes já se interava sobre o racismo, mas hoje tudo tornou uma proporção muito maior.
Disse que antigamente, quando as pessoas lhe diziam que ela não entendia como era o preconceito racial, pois nunca havia sofrido, a atriz dizia que entendia, sim. Mas agora ela vê que estava longe de sentir na pele essa realidade.

Quando se tornou mãe da Julia, começou a se incomodar com coisas que são “normais” na sociedade, desde o fato de a Zona Sul do Rio ser predominantemente branca, até perceber que não existe shampoo para crianças com o cabelo crespo com menos de dois anos. Infelizmente, coisas que não podemos ver como normais!
Leandra disse que tem muita preocupação com o lugar que a filha será criada, com o país que ela vai ter de enfrentar. Para isso, teve que questionar tanto seus valores, quanto das pessoas a sua volta.

E sua maior preocupação se tornou passar à pequena o valor dela e o quanto incrível é. Para a atriz, Julia é fenômeno da natureza e apenas deseja que ela seja uma mulher forte, que ela saiba o que ela vai enfrentar e que ela seja uma guerreira, como toda mulher Leal.
Que inspirador! Um dia a sociedade se dará conta que a indiferença à cor da pele é o melhor a se fazer, e saber ver que o que importa, é o que está dentro de cada um. No fim, somos todos iguais.


