São várias as publicações nas redes sociais que expõem os alegados benefícios da kombucha. Muitos usuários acreditam a bebida, que melhora o funcionamento do intestino e reforça o sistema imunitário.
Num destes posts escreve-se que a kombucha “contém uma cultura de levedura e bactérias conhecidas como SCOBY” e que “estas bactérias equilibram a flora intestinal, o que ajuda a fortalecer o sistema imunológico e a melhorar o funcionamento do intestino”. Mas será mesmo assim?
O que é a kombucha e quais os potenciais benefícios?

“A kombucha é uma bebida originária do nordeste da China” que “ resulta da fermentação de chá preto e açúcar pela ação de uma cultura de bactérias e leveduras denominada SCOBY”, começa por explicar Inês Barreiros Mota.
Componentes e benefícios
Durante o processo da fermentação, prossegue, “são produzidos compostos, tais como o ácido acético, que justifica o pH reduzido da bebida, e polifenóis”.
“A própria bebida é uma fonte de bactérias ácido-lácticas e leveduras”, sintetiza a investigadora da NMS.
Na visão da nutricionista, existe atualmente uma “maior sensibilização para o cuidado do intestino, incluindo o conjunto de microrganismos que nele habitam (microbiota intestinal)”. É por causa desta sensibilização que “a kombucha tem ganhado destaque”.
No entanto, segundo a especialista, “são raros os estudos que avaliam o consumo desta bebida em humanos”. Inês Barreiros Mota faz referência a um estudo com 36 pessoas com síndrome do intestino irritável que “reportou melhorias na obstipação (ou prisão de ventre)”.
Noutro plano, 42 indivíduos saudáveis, verificou-se que o “consumo de kombucha não levou a modificações na composição do microbiota intestinal”, realça a docente da NOVA Medical School.
Por outro lado, em modelos celulares e em animais, evidenciam vários benefícios como a diminuição do stress oxidativo, inflamação, melhoria no processo de desintoxicação do fígado”.
Esta evidência mostra “que o seu consumo pode ter algum benefício no controle e tratamento da obesidade e comorbidades associadas, bem como na modulação do microbiota intestinal”.












