A artista brasileira Kelly Key surpreendeu o público ao anunciar sua nova função no mundo esportivo: ela é agora presidente de um clube de futebol em Angola, país onde vive desde 2022 com o marido, o empresário Mico Freitas. O time, que nasceu como um projeto social voltado à formação de jovens atletas, se destaca nas competições locais e simboliza um avanço importante na presença feminina em cargos de liderança esportiva no continente africano.
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O nascimento do projeto que virou clube campeão
Como surgiu o time liderado por Kelly
Instalados em Luanda, capital de Angola, Kelly Key e Mico Freitas desenvolveram uma iniciativa para oferecer oportunidades a adolescentes por meio do esporte. O projeto cresceu e se transformou em um clube formalizado, com participação em campeonatos oficiais, especialmente nas categorias de base.
Resultados expressivos já no primeiro ano
O time, batizado de Projeto Kiala, surpreendeu ao conquistar o título do Campeonato Provincial Sub-17 de Luanda, um dos torneios mais relevantes do futebol juvenil local. O feito foi comemorado como um marco tanto pelo desempenho esportivo quanto pela representatividade feminina trazida por Kelly.
Primeira e única mulher no comando de um clube em Angola
Rompendo barreiras em um espaço masculino
Ao assumir a presidência, Kelly Key se tornou a única mulher a ocupar o cargo em um clube de futebol no país africano. Em entrevista e postagens nas redes sociais, ela destacou o desafio que representa liderar em um ambiente historicamente dominado por homens, reforçando que sua atuação é uma forma de abrir portas para outras mulheres.
“Liderar aqui exige coragem, preparo e resiliência. Ser mulher nesse espaço não é fácil, mas é necessário”, escreveu.
Comparações com Leila Pereira, do Palmeiras
Internautas e comentaristas esportivos brasileiros traçaram paralelos entre Kelly e Leila Pereira, presidente do Palmeiras. Assim como Leila, Kelly está à frente de uma equipe em expansão e mostra que as mulheres têm capacidade de gestão em todos os níveis do futebol, seja em clubes da elite ou em projetos sociais em desenvolvimento.
Impacto social e esportivo do Projeto Kiala
Mais do que vitórias, transformação de vidas
O clube presidido por Kelly Key não tem apenas foco em desempenho técnico, mas também em formação humana e cidadã. Os jovens atletas recebem suporte com treinamentos regulares, acompanhamento pedagógico e incentivo à permanência escolar.
Participação da comunidade e apoio das famílias
Muitos dos jogadores vivem em áreas com poucas oportunidades. A chance de integrar um time estruturado representa um divisor de águas. Pais e responsáveis têm expressado gratidão e orgulho pela transformação que o projeto está promovendo.
“Hoje meu filho tem disciplina, foco e esperança de um futuro melhor”, afirmou uma mãe de atleta.
A presença de Kelly Key em Angola
Mudança estratégica de vida
A artista brasileira e o marido se mudaram para Angola em 2022, buscando mais qualidade de vida e novas oportunidades. Desde então, Kelly tem explorado áreas além da música, como o empreendedorismo e a gestão social.
Engajamento cultural e afetivo
Kelly se declara apaixonada pela cultura angolana e diz sentir-se acolhida pela população. Sua presença pública no país é constante, tanto em eventos esportivos quanto em ações sociais e culturais.
Projeções para o futuro do clube

Expansão das categorias de base
Após o sucesso inicial no sub-17, o Projeto Kiala planeja ampliar sua atuação para outras faixas etárias, incluindo categorias sub-15, sub-20 e, futuramente, um time adulto. A inclusão de meninas nas equipes também é considerada prioridade nos próximos passos.
Formação de atletas para o mercado internacional
Com estrutura profissional e metodologia de ponta, o clube também almeja revelar jogadores para o cenário internacional, criando conexões com olheiros e clubes da Europa, América do Sul e Ásia.
Participações em torneios fora de Angola
Kelly e Mico estudam levar a equipe para campeonatos internacionais, como forma de dar visibilidade ao talento angolano e ampliar o intercâmbio cultural e esportivo com outros países.
Repercussão nas redes sociais e imprensa
A imagem de uma mulher que inspira
A trajetória de Kelly Key no esporte foi amplamente celebrada nas redes sociais, tanto por fãs quanto por ativistas que lutam por mais espaço feminino em áreas de comando. Sua imagem passou a ser associada à representatividade e liderança.
Destaque na mídia angolana e brasileira
Jornais e canais de TV destacaram a conquista de Kelly com o título do clube. A mídia ressaltou o feito inédito da presidência feminina e o simbolismo de uma artista de fora que escolheu o esporte como ferramenta de transformação local.
Obstáculos enfrentados por mulheres no futebol
Barreiras culturais e preconceito estrutural
Apesar dos avanços, o futebol ainda é um ambiente predominantemente masculino. Mulheres que se propõem a ocupar espaços de poder nesse universo enfrentam dúvidas sobre sua competência, resistência dos bastidores e, muitas vezes, ataques misóginos nas redes.
A força do exemplo
Ao assumir o cargo de presidente, Kelly demonstra que competência, visão estratégica e comprometimento não têm gênero. Seu exemplo pode inspirar meninas em toda a África a sonhar com cargos de direção — e não apenas com o gramado.
O que dizem especialistas sobre o feito
Um passo para a transformação no esporte africano
Para analistas de gestão esportiva, a presença de uma mulher em posição de liderança pode influenciar diretamente a forma como clubes se organizam e redefinem suas prioridades, com mais atenção ao social, à formação e à igualdade de gênero.
A importância de se manter no cargo
Especialistas apontam que a permanência de Kelly na presidência, com foco na gestão de longo prazo, será decisiva para consolidar sua influência e abrir caminhos duradouros para outras mulheres.
Considerações finais
Kelly Key protagoniza um capítulo inédito no esporte africano. Como presidente do Projeto Kiala, ela não apenas se destaca por ser mulher em uma função até então exclusiva dos homens, mas também por liderar um projeto que transforma realidades e demonstra que o futebol pode ser uma potente ferramenta de inclusão e desenvolvimento.
Seu trabalho em Angola reforça que mulheres podem — e devem — estar em todos os espaços, inclusive no comando de clubes de futebol. O futuro do esporte em Angola, e possivelmente em outros países africanos, passa por histórias como a de Kelly: corajosa, pioneira e inspiradora.













