Juliette revela ter calvície e compartilha detalhes sobre seu tratamento capilar
A cantora e ex-BBB Juliette Freire surpreendeu seus seguidores nesta segunda-feira (9/6) ao falar abertamente sobre um assunto que afeta muitas mulheres, mas que ainda é cercado de tabus: a calvície feminina. Em uma série de publicações nas redes sociais, Juliette compartilhou que convive com a condição desde a adolescência e, atualmente, realiza tratamento especializado para controlar a queda dos fios e estimular o crescimento capilar.
Com honestidade e bom humor, a artista abordou o tema sem rodeios, mostrando como tem enfrentado a alopecia — condição que causa enfraquecimento progressivo dos cabelos — e as técnicas que tem utilizado para manter a saúde do couro cabeludo.
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O diagnóstico de uma condição pouco discutida
Juliette relatou que sempre percebeu falhas e baixa densidade em áreas específicas da cabeça, principalmente na parte frontal. Embora nunca tivesse falado sobre isso publicamente, ela revelou que, desde jovem, já notava que seus fios eram mais finos e ralos em comparação a outras pessoas.
Com o passar dos anos, o incômodo aumentou, e a cantora decidiu buscar ajuda médica para entender melhor o que estava acontecendo. O diagnóstico apontou alopecia androgenética feminina, uma condição hereditária e hormonal que atinge uma parcela significativa das mulheres adultas.
O que é alopecia androgenética?
A alopecia androgenética, conhecida como calvície feminina, é caracterizada pelo afinamento gradual dos fios e redução da densidade capilar, especialmente na região central do couro cabeludo. Ao contrário da calvície masculina, que frequentemente causa falhas visíveis nas entradas e na coroa, a versão feminina costuma ser mais difusa e difícil de identificar nos estágios iniciais.
Estudos indicam que cerca de 40% das mulheres acima dos 30 anos podem apresentar algum grau de alopecia, embora muitas ainda não recebam diagnóstico precoce devido à falta de informação e estigmas associados à queda de cabelo.
Tratamentos adotados por Juliette

Para lidar com a condição, Juliette decidiu investir em tratamentos dermatológicos e estéticos de alta tecnologia. Ela contou que realiza sessões com equipamentos a laser, utiliza aplicações de ácido hialurônico diretamente no couro cabeludo e passa por procedimentos de microagulhamento, todos com o objetivo de estimular os folículos capilares e frear a perda dos fios.
Laser capilar
O laser de baixa intensidade, também conhecido como terapia fotobiomoduladora, atua melhorando a circulação sanguínea no couro cabeludo e promovendo a ativação dos folículos capilares. Essa técnica é amplamente usada em clínicas especializadas para tratar diferentes tipos de queda de cabelo.
Ácido hialurônico e bioestimuladores
Juliette também mencionou que utiliza fórmulas injetáveis que combinam ácido hialurônico com vitaminas e minerais. Essa mistura ajuda a nutrir a região, hidratar os tecidos e estimular o crescimento dos fios de maneira natural, além de contribuir para a regeneração da pele e melhorar a saúde dos folículos.
Radiofrequência com microagulhamento
Outro tratamento destacado pela artista é o microagulhamento associado à radiofrequência, que consiste em pequenas perfurações controladas no couro cabeludo com o uso de microagulhas, estimulando a produção de colágeno e a regeneração da pele. A radiofrequência potencializa esse efeito, elevando a temperatura da derme e ativando as células responsáveis pelo fortalecimento dos fios.
O impacto da calvície na autoestima
Juliette aproveitou o momento para falar sobre o impacto emocional que a calvície pode causar, especialmente entre as mulheres. “É algo que mexe com a gente. A gente se olha no espelho e sente que está diferente”, comentou, demonstrando empatia com as pessoas que passam por situações semelhantes.
A ex-BBB destacou ainda que, ao compartilhar sua experiência, espera ajudar outras mulheres a se sentirem mais confiantes para procurar ajuda especializada e não sentirem vergonha de expor seus medos ou inseguranças.
A importância do diagnóstico precoce
Especialistas ressaltam que, quanto antes for diagnosticada a alopecia, maiores são as chances de controle e preservação dos fios. Isso porque a perda progressiva pode levar à atrofia dos folículos, tornando a reversão mais difícil com o tempo.
Médicos dermatologistas recomendam que qualquer sinal de afinamento, aumento da queda ao pentear ou lavar os cabelos e áreas com menos volume devem ser investigadas por um profissional.
Alternativas complementares ao tratamento
Além dos procedimentos já citados por Juliette, existem outras abordagens complementares que podem ser indicadas conforme o grau da alopecia:
Minoxidil
Um dos tratamentos mais conhecidos para a calvície, o minoxidil é um vasodilatador que estimula o fluxo sanguíneo e prolonga o ciclo de vida dos fios. Ele pode ser aplicado topicamente ou ingerido, conforme prescrição médica.
Suplementação oral
Vitaminas como biotina, ferro, zinco, silício orgânico e colágeno hidrolisado podem ser utilizadas para melhorar a estrutura dos fios e auxiliar na regeneração celular, desde que o déficit seja identificado em exames laboratoriais.
Terapia com plasma rico em plaquetas (PRP)
Esse procedimento utiliza o sangue do próprio paciente para extrair o plasma com alta concentração de plaquetas, que é reaplicado no couro cabeludo com o objetivo de estimular a regeneração dos folículos capilares.
Calvície feminina: um assunto cada vez mais visível
A revelação feita por Juliette marca mais um passo importante na quebra de tabus envolvendo a saúde capilar das mulheres. Por muito tempo, a calvície foi vista como um problema exclusivamente masculino, o que levou muitas mulheres a ocultarem a condição ou demorarem para procurar ajuda.
Com o avanço das tecnologias e a ampliação do debate sobre saúde estética e emocional, cada vez mais figuras públicas têm utilizado sua visibilidade para normalizar discussões sobre alopecia, incentivando o cuidado com o corpo e com a saúde mental.
A possibilidade de transplante capilar
Questionada por seguidores, Juliette afirmou que ainda não cogita fazer transplante capilar, mas reconhece que é uma opção válida para casos mais avançados da doença. O transplante capilar é uma técnica segura e eficaz, especialmente o método FUE, que retira folículos de áreas com boa densidade e os transfere para regiões com falhas, com cicatrizes mínimas e resultado natural.
Considerações finais: Juliette reforça que cuidar da saúde também é um ato de coragem
Ao tornar pública sua jornada contra a calvície, Juliette não apenas compartilhou um desafio pessoal, mas também levantou uma bandeira em nome de milhares de mulheres que sofrem em silêncio com a queda capilar.
Seu exemplo mostra que é possível buscar soluções, falar abertamente sobre o problema e seguir uma rotina de cuidados com leveza e autoestima. A cantora reforça que, assim como a saúde da pele, dos dentes ou da alimentação, a saúde capilar merece atenção, tratamento e, acima de tudo, acolhimento.

