A Rússia ao longos dos anos tenta diminuir a desigualdade existente entre homens e mulheres. A visão retrógrada e discriminatória sobre as mulheres, se reflete também no mercado de trabalho, no qual muitas ocupações são destinadas apenas aos homens.
A comissária de bordo, Evgenia Magurina, é um exemplo dessa visão que diminui as mulheres. A indignação de Evgenia começou quando a empresa área em que ela trabalha decidiu vincular o bônus salarial de suas comissárias de bordo ao tamanho de seus manequins. “Eles disseram que o ‘sucesso’ de uma aeromoça depende do tamanho dela, e isso realmente me ofendeu”, desabafou Evgenia.
A maior empresa aérea da Rússia, Aeroflot, em sua nova política de trabalho, estabeleceu que o limite máximo para o manequim de uma comissária de bordo era o 48 russo, que corresponde ao 42 no Brasil. Com isso a empresa fotografou e mediu todas as mulheres que faziam parte das equipes de bordo. Para Evgenia a empresa disse que ela possuía grandes bochechas e um grande busto, não se encaixando no perfil desejado.
Após o corte dos bônus de várias mulheres que possuíam tamanhos acima do aceitável e da remoção delas dos voos mais lucrativos, Evgenia decidiu processar a companhia aérea. “Eles colocaram a aparência em primeiro lugar. Mas as aeromoças são socorristas acima de tudo”, insiste. “Imagine se eles usassem os mesmos requisitos para juízes ou médicos? Seria um absurdo.”

O caso das comissárias de bordo é só mais um em meio a tantos outros exemplos de discriminação com mulheres. Na Rússia, 456 profissões são barradas para as mulheres. Rotuladas como perigosas ou supostamente prejudiciais à sua saúde reprodutiva, as profissões incluem bombeiros, carpinteiros e muitas outras que poderiam plenamente ser realizadas por mulheres.
Imagens/ Reprodução da Internet












