O cigarro eletrônico com nicotina se tornou a principal opção de consumo para pessoas que tentam deixar de fumar o cigarro normal, mas que ainda não se livraram do vício. Contudo, enquanto muitos o consideram inofensivo ou pouco nocivo à saúde, a verdade pode ser bem diferente e o cigarro eletrônico pode ser consideravelmente perigoso a saúde, conforme aponta uma pesquisa realizada pelo cientista e médico Magnus Lundback.
O pesquisador apresentou os resultados de seus estudos no Congresso Internacional da Sociedade Respiratória, em Milão, na Itália: “O número de usuários de cigarros eletrônicos tem crescido drasticamente nos últimos anos. O aparelho é considerado inofensivo para o público em geral e a indústria vende o produto como o caminho para reduzir os perigos do cigarro e a solução para os fumantes. Entretanto, a segurança dos cigarros eletrônicos é debatida e um número crescente de evidências sugere efeitos adversos à saúde”.
Segundo Lundback, o consumo do cigarro eletrônico que contém nicotina afeta diretamente a frequência cardíaca, a fazendo aumentar, e também atinge a pressão sanguínea. No estudo, 15 jovens que fumavam cigarro (comum) socialmente (cerca de 10 por mês) foram submetidos ao teste com o cigarro eletrônico. Sua missão era utilizar o aparelho em um dia com nicotina e no outro sem, por um período de 30 minutos.

A equipe médica identificou que após os primeiros 30 minutos de uso do aparelho com nicotina, a pressão sanguínea e a frequência cardíaca foram aumentadas significativamente. Além disso, foi notado o endurecimento das artérias. “Esses sintomas são atribuídos a essa substância”, comentou Lundback, que reforçou a gravidade do problema ao explicar que os efeitos são os mesmos causados por um cigarro comum.
Vale a ressalva de que no cigarro eletrônico sem nicotina, nenhum efeito colateral foi identificado. Quando ao aparelho com nicotina, fique atento! Nem sempre o que parece inofensivo, de fato é.












