Certo dia, uma mulher chamada Mandy Gould havia pegado um ônibus apenas para ir até uma consulta médica. No entanto, ela não fazia ideia que aquele dia a marcaria para sempre.
Enquanto estava nervosa e com medo de se atrasar devido o intenso trânsito, uma senhora sentou-se ao lado dela, vestida com longas luvas de renda, que eram o destaque do seu traje.
Assim que se sentou, olhou para Mandy e gentilmente perguntou: “Com licença, querida, estou procurando um cinema. Você pode me dizer se esse ônibus está indo em direção a um cinema em Camden? Eu não me importo com qual”.
Mandy afirmou que sim, na verdade, ela poderia descer em uma determinada parada e haveria um cinema nas proximidades. Então, a idosa respondeu algo que deixou a mulher pensando por horas. “É meu aniversário de 75 anos hoje, você vê. E não suporto ficar sozinha nas quatro paredes vazias da minha casa. Eu nem me importo com o que vejo. Eu só estou indo pelo barulho na verdade”.
Com aquelas palavras, Mandy ficou de coração partido e passou o trajeto dando toda a atenção para a senhora e conversando sobre seu aniversário. No entanto, assim que chegou em seu ponto de descida, ela desejou feliz aniversário à idosa e correu para a consulta do médico.
Inspiração maior
Enquanto se sentava na sala de espera, começou a se sentir culpada por não acompanhar a senhora ao cinema. Mandy queria fazer algo a respeito da solidão daquela pobre idosa. Mas conhecê-la no ônibus serviu como um alerta para a jovem. Ela começou a pensar em todos os homens e mulheres que vivenciam a solidão como a idosa que apareceu em seu caminho.
Muitos deles não escolhem ficar sozinhos. Aquela mulher inspirou Mary a mudar sua forma de pensar e agir. Agora ela é voluntária do Age UK, uma organização sem fins lucrativos que faz ligações telefônicas regulares a quem precisa de companhia.
Mary ainda lamenta não ter ido ao cinema com a senhora, mas é extremamente grata por agora estar ciente do problema. “Desde meu deslocamento emocional, procurei maneiras de ajudar. Porque, sim, nós nunca vamos erradicar o problema, mas com horas aparentemente desperdiçadas rolando nas redes sociais, parece que todos nós podemos ajudar. Se quisermos ter tempo para algo, podemos. E vai. É simples”, disse a jovem.
Uma mulher que Mary conheceu em um dia que poderia ser igual a todos os outros mudou sua vida, provando que nunca é tarde demais para nos tornarmos pessoas melhores.