Quando conhecemos uma pessoa em idade avançada, dificilmente vêm à nossa cabeça a quantidade de coisas pelas quais ela passou. Essa mulher abriu seu coração para repórteres sobre sua história de vida, que é de arrancar suspiros e arrepios.
Seu nome é Francisca Carmona García. Ela nasceu no México e teve uma infância muito pobre. Aos 14 anos viu sua irmã mais nova morrer de fome e se mudou para trabalhar em outra cidade. Mas ela almejava mais – ela queria o Norte, os Estados Unidos.
Com apenas 16 anos, recebeu a oportunidade: uma mulher mais velha disse que procurava garçonetes para trabalhar na fronteira com o Texas. Ela fez as malas e partiu – mas quando chegou lá, não havia restaurante. Na verdade, não havia nem ruas.

La Perla era um bordel no meio do nada. “Eu era o ganha-pão da minha família”, diz ela, resignada, contando que não teve escolha a não ser se prostituir. O bordel servia a militares americanos, que a esperavam no salão.
Um dia, um cliente chegou, alto e bonito. Usava uma camisa azul e uma gravata. “Ele era tão elegante”, conta. Ele a levou para passear – a lua estava muito bonita.
“Quero que saia daqui”, disse ele. Ela se apaixonou e amou aquele homem, com quem se casou. William a trouxe para Nova York. Foram de ônibus, em 1952, e lá construíram sua família.
Hoje, 60 anos depois, ela é viúva e tem netos. É orgulhosa por ter sobrevivido à situação horrível pela qual passou, e fica muito feliz por ter construído algo mais: uma boa vida. Impressionante como o amor pode nos salvar, não?












