Os maus-tratos com animais sempre revoltam a todos, mas mesmo assim acontecem com uma frequência assustadora. E não estamos falando apenas de gatos e cachorros, mas de outros animais que sofrem constantemente com a atitude de algumas pessoas, como é o caso desses dois leões abandonados em um hotel na Rússia.
Um leão e uma leoa de 18 meses foram encontrados em hotel em Ramenskoye, em Moscou, em uma situação deplorável – estavam em gaiolas apertadas, com diversas cicatrizes pelo corpo, famintos e desidratados. O dono, Kirill Babenko, deles os comprou no mercado negro para servirem de atração turística do estabelecimento e acabou fugindo para a Índia e deixando os dois animais à própria sorte, apenas com ossos velhos para roer.
Lá eles sofriam de tudo, apanhando com barras de metal para obedecer a seus treinadores e deixar que os hóspedes tirassem fotos com eles, promovendo o negócio de Babenko. O leão e a leoa foram encontrados por um grupo de adolescentes que entraram escondidos no hotel e acabaram os alimentando e avisando voluntários, resgataram os bichinhos e avisaram promotores de justiça e logo uma investigação sobre o caso foi aberta.
Segundo os voluntários, os animais estavam tão fracos que não conseguiram se levantar nem para pegar comida. Agora eles estão em um centro de reabilitação, lutando para sobreviver.
Um das pessoas que ajudou no processo, Ildar Khantemirov, falou sobre os problemas da compra de animais selvagens no mercado negro:
“Esta é uma consequência clara de um mercado negro totalmente cruel de animais selvagens. Eu não acho que eles poderão voltar para a vida selvagem… Eu sei que um filhote de leão africano de três meses pode ser comprado por apenas 140 mil rublos. ($ 2,400 U.S.) O comprador não receberá nenhum documento; Ele ou ela receberá uma bolsa de transporte com um filhote de leão no interior.”
Esse tipo de negócio move milhões mundo afora, prejudicando cada vez mais a vida animal. Esperamos que os dois se recuperem com muita saúde e que casos como esse não aconteçam mais.Fotos: NTV/East2west news/Divulgação/Internet
