A maioria das pessoas têm vontade de viajar, conhecer outras culturas e outras línguas. No entanto, sabemos que isso custa muito caro e quem não tem condições pode se sentir sem esperança de um dia embarcar nessa jornada.
Então, aí que entra a história do alemão, Patrick Schroeder. O homem viajou por 141 destinos gastando somente 15 dólares por dia (cerca de 50 reais). Desde 2007, o ciclista de 29 anos passa a maior parte de seus dias longe de casa, em busca do objetivo de visitar as 193 nações.
“Viajar desta forma é, de longe, bem mais barato do que viver em um país de primeiro mundo”, conta Patrick. Para se manter na estrada, ele aluga a sua casa na Alemanha e faz alguns “bicos”.
Para você que já tinha desistido de viajar, aqui vão algumas dicas preciosas de Patrick para você começar a planejar um passeio incrível sem muita grana:
1. Nenhum país é caro se você usar bem o dinheiro

Como gastar seu dinheiro em uma viagem é questão de escolha: é barato conhecer lugares turísticos, desde que seja com menos mordomias. Patrick já foi à França e a Bangladesh com os mesmos 15 dólares diários.“Obviamente países mais pobres têm preços menores, mas as despesas se mantêm as mesmas. O que muda é o nível de conforto”, diz o ciclista.
2. Planejar muito não compensa
Antes de começar uma jornada, Patrick escolhe uma região do mundo e pesquisa sobre os vistos necessários. Sua estratégia é organizar a programação apenas dos primeiros dias, para ter maior flexibilidade. Desta forma, ele pode ir embora sem empecilhos quando não gostar do local e não precisa cancelar planos, ingressos e passagens – possivelmente perdendo dinheiro.
3. Pegue poucos aviões

Sempre opte por viajar por terra, mesmo que algumas companhias áreas pareçam oferecer passagens baratas. Em viagens de trem ou ônibus é mais fácil transportar bagagens, as taxas são menores e a localização das estações costuma ser mais central do que de aeroportos, o que diminui gastos com deslocamento.
4. Peça carona, caminhe ou pedale
Quando não consegue usar sua bicicleta para se deslocar, Patrick aposta em caronas e caminhadas, assim não depende de gasolina, seguro ou passagens: “Enquanto você tiver seu próprio meio de transporte pode alcançar destinos que estariam fora de questão de outra forma, por exemplo, aonde nenhum transporte público vai”.
5. Evite restaurantes

Patrick é adepto de supermercados, padarias locais e comidas de rua. Nem sempre são as mais saudáveis, mas são as opções mais acessíveis. “Evite restaurantes e, principalmente, evite comer próximo de destinos turísticos”, aconselha. Se quiser uma refeição mais chique, a dica é se afastar de onde todos os viajantes vão e procurar por estabelecimentos frequentados por nativos.
6. Hospede-se gratuitamente

Em sites como Couchsurfing e Warm Showers, diversas pessoas oferecem acomodação gratuita para viajantes e, de quebra, ainda é possível se envolver mais com a cultura local. Acampar na rua também é uma opção, mas é ilegal em algumas cidades grandes.
7. Saiba o peso de todos os seus pertences

Não adianta economizar durante toda a viagem e gastar com excesso de bagagem. “Pese tudo. Parece bizarro, mas se você não sabe quanto cada objeto pesa, não vai perceber onde está o problema”, aconselha Patrick. Uma de suas ferramentas favoritas é o site LighterPack, onde é possível organizar o peso da mala ao longo da viagem, adicionando compras e retirando o que foi usado.
8. Compare o que levou e o que usou

Para os turistas frequentes, a dica de Patrick é uma tabela simples com as colunas “para que usarei?”, onde descreve o objetivo de cada item, e “para que usei?”, que preenche durante o trajeto. Desta forma, é mais fácil para quem viaja ter ideia do que costuma ser realmente necessário e o que é apenas um gasto e um peso extra. “Eu não ficaria surpreso se muitos itens acabarem em ‘não usei de forma alguma’”, diz.
9. Leve tudo o que precisa, mas não tudo o que pode precisar
Excesso de precaução não é sinônimo de economia. “Eu não levo nada duplicado comigo”, conta Patrick. Em uma viagem de uma semana, ele carrega três mudas de roupa e uma mochila pequena com seus pertences essenciais. Segundo o ciclista, costuma ser mais barato fazer compras à medida que surgem necessidades, do que sair de casa imaginando tudo o que pode ser usado.
10. Destinos pouco conhecidos costumam surpreender

Depois de conhecer quase todo o mundo, Patrick afirma que em lugares menos acostumados a receber viajantes, os nativos costumam ser amigáveis e incrivelmente hospitaleiros. “Eu praticamente não gastei nada no Sudão, por exemplo. Os moradores locais me ofereciam acomodação, comida e chá constantemente”, conta.
Por último, uma das coisas mais importantes: “Se você quer conhecer novas culturas, fuja dos roteiros tradicionais”, sugere Patrick.
Com essas dicas sensacionais já me deu vontade de pegar minha mochila e sair pelo mundo a fora! E você, teria coragem de encarar esse desafio?
Fotos: Reprodução















