Agir por impulso: todos nós em alguma altura da vida já o fizemos. E quem não, certamente um dia fará. Em meio ao estresse, à correira, à loucura do dia a dia, nossos pensamentos muitas vezes se perdem. Ideias não batem, não fecham, não se completam e tomamos decisões no calor de um momento. Sem sequer saber qual é o problema, nos desesperamos para encontrar uma solução.
Quer um bom exemplo?
Insatisfeito com o seu casamento, um homem não hesitou em terminá-lo. Para ele, sua mulher não era mais atraente. E seu juízo de valores se resumia ao corpo dela, à idade. Sua personalidade, sua experiência em relação à vida, seus anos juntos pouco serviram para ele, que decidiu procurar uma outra mulher mais jovem e mais bonita.
No enanto, este foi o maior erro deste homem. E ele só foi perceber isso quando o destino agiu para que ele a reencontrasse. Após vê-la novamente, depois que o tempo se passou e fez a sua mágica, o rapaz teve sua alma tocada. E desabafou ao falar sobre o momento em uma espécie de carta aberta:
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Foto: Teu Seguro / Reprodução
“A vida realmente dá mil voltas. Sempre nos surpreendendo e nos ensinando. Há um ano me separei depois de muito tempo casado. Deixei minha esposa para ficar com uma mulher mais jovem e mais bonita. Minha ex-mulher era gorda. Ela estava flácida, tinha a pele cheia de celulite e estrias, pneuzinhos e barriga. Ela não se cuidava nem se penteava mais, não usava maquiagem e sempre andava com roupas e vestidos largos.
Ela não pintava as unhas, raramente se depilava, não usava sutiã e tinha os peitos caídos. Enfim, eu não sentia mais atração por ela e nada nela me agradava mais. Só o que restava era a lembrança nostálgica da exuberante mulher que um dia eu conheci.
Foto: Vila Mulher
Hoje, exatamente um ano depois de deixá-la, encontrei a mulher que um dia foi minha esposa. Estava linda, radiante, tinha emagrecido e não se notava mais os pneus laterais ou a barriga. O cabelo caía pelos ombros, um vermelho vibrante se destacava em seus lábios carnudos e ela usava um vestido que destacava sua cintura e que parecia que tinha sido feito exclusivamente para ela. Não parecia o corpo de uma mãe que tem três belas crianças, os meus filhos.
Agora estou aqui, sozinho, recordando que os quilos que ela tinha a mais se deviam à gravidez do nosso último filho. A barriga flácida ela tinha porque estava se recuperando da enorme barriga em que ela carregou por nove meses os melhores presentes que a vida me deu. A celulite era porque ela tinha largado a academia para ficar em casa cuidando dos nossos filhos. Não tinha tempo para se pentear, muito menos depilar-se ou arrumar as sobrancelhas.
Foto: Reprodução
O pouco tempo que ela tinha para si, ela usava para me agradar. Se colocava sempre em segundo ou terceiro plano. Ela tinha os seios flácidos, mas estava orgulhosa de ter amamentado os filhos até os dois anos de cada um. Não usava sutiã porque era mais prático para alimentá-los. Passava o tempo todo cozinhando, limpando, passando roupa. Ela sorria e se sentia feliz com sua família. Para ela, essa era a vida ideal.
Estou contando isso porque eu sei o que é ter uma mulher de verdade dentro de casa e perdê-la. Eu arruinei tudo, perdi essa mulher maravilhosa. De maneira tonta, troquei a beleza real por uma beleza de aparência. Mas aprendi a lição. Me faltou compreensão e saber reconhecer o seu valor. Agora, ela está com o nosso filho menor, o Benjamin, de apenas um ano. Os outros já cresceram e não consomem mais tanto tempo. Agora, ela pode cuidar de si e se deu conta de que não precisa de nenhum babaca ao seu lado para se sentir especial. Se eu não soube ou não pude valorizar-la, outro o fará.”
E você, já se deu conta de qual é a verdadeira beleza? Ou ainda está preso nas aparências?


Foto: Teu Seguro / Reprodução
Foto: Vila Mulher
Foto: Reprodução









