Sorte? Acaso? Destino? Pode ser qualquer uma dessas coisas, mas felizmente aconteceu no dia 27 de março de 1977 com Robina, guia turística, holandesa, durante o voo da KLM 4805, que iria para Las Palmas.
Um momento que ela jamais vai esquecer. O plano era ir de Amsterdã para Las Palmas para depois pegar um barco até Tenerife onde Paul, seu namorado na época, estava. Assim, o jumbo saiu da cidade às 10h da manhã, o mesmo horário que o Boeing 747 da Pan-Am. A empresa americana com o voo PAA 1736 levava cerca de 397 pessoas.
O único problema foi um grupo que estava lutando pela independência das ilhas Canárias que acabou explodindo uma bomba no aeroporto onde o avião de Robina aterrissaria. Por isso, tiveram que desviar para Tenerife.


E era aí que estava o desafio. Aquele aeroporto não era o tipo que recebia aviões pesados e só havia dois controladores em Los Rodeos além de uma pista de decolagem capaz de lidar com dois voos um atrás do outro. Enquanto que o da KLM pousou as 13h38, o Pan-Am, às 14h15.
Rapidamente, os passageiros a bordo do avião da KLM simplesmente tiveram a permissão de sair para fazer hora no terminal diferentemente dos da Pan-Am que ficaram ”presos” dentro da aeronave.
Foi neste exato momento que a decisão de Robina fez toda a diferença em sua vida: para ela não tinha razão continuar no voo, afinal já estava em Tenerife, onde iria encontrar Paul. E apesar de a funcionária dizer que seria impossível pegar as malas e ir embora do voo, Robina acabou dando às costas para ela, burlando as regras, sem as malas, e se livrando de um dos maiores acidentes aéreos.

Poucos minutos depois, sem conseguir ver nada, os aviões acabaram continuando correndo na pista, sem saber que havia uma outra aeronave bem à frente. Ou seja, acabou em tragédia. Todos os 248 do voo da KLM acabaram morrendo. Menos Robina que desistiu.
Hoje, a tragédia completa 40 anos. E o que você acha? Foi sorte?
Fotos: Reprodução/Globo.


