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Ciência explica: o gene dos ruivos retarda a cicatrização de feridas

Por Alan Pereira
25 de novembro de 2025
Gene

Imagem: Canva

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Um estudo publicado na prestigiada revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) revelou novas evidências sobre a relação entre genética, inflamação e cicatrização de feridas. A pesquisa, conduzida por cientistas da Universidade de Edimburgo, na Escócia, identificou que o gene MC1R, conhecido por determinar a pigmentação da pele e dos cabelos, também exerce papel decisivo no processo de recuperação de machucados, principalmente em indivíduos ruivos.

As descobertas trazem implicações relevantes para o tratamento de feridas crônicas, como úlceras diabéticas, escaras e lesões de difícil cicatrização, que atingem milhões de pessoas em todo o mundo e representam um dos maiores desafios da saúde pública moderna.

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A influência do gene MC1R na resposta inflamatória

Como o MC1R atua no organismo

O gene MC1R é responsável por regular a produção de melanina e está diretamente ligado à coloração da pele e dos cabelos. No entanto, o estudo demonstrou que sua função vai além da pigmentação, interferindo também na forma como o corpo responde a processos inflamatórios e no tempo necessário para regenerar tecidos lesionados.

Indivíduos de cabelos castanhos ou pretos costumam apresentar variantes funcionais do gene. Já pessoas ruivas tendem a possuir versões parcialmente inativas ou totalmente inativas, enquanto loiros ficam em um nível intermediário de atividade genética.

Inflamação e cicatrização: um equilíbrio delicado

A inflamação é uma etapa essencial para o reparo tecidual. Ela atua na limpeza da área lesionada e na ativação de células responsáveis pela reconstrução da pele. Contudo, quando essa inflamação se prolonga além do necessário, o processo de cicatrização é prejudicado.

Segundo os pesquisadores, feridas crônicas apresentam uma desregulação das chamadas vias pró-resolutivas, responsáveis por encerrar a inflamação e iniciar a recuperação adequada do tecido. A falha nesse mecanismo está diretamente relacionada à baixa atividade do MC1R.

O que o estudo revelou sobre feridas crônicas

Resultados em análise genética

Utilizando dados de sequenciamento de RNA de célula única coletados a partir de feridas humanas, a equipe identificou que a desregulação do eixo POMC-MC1R é uma característica comum em feridas crônicas, incluindo úlceras diabéticas, venosas e de pressão.

Essa disfunção impede que o organismo conclua corretamente o processo inflamatório, prolongando o tempo de cicatrização e aumentando o risco de infecções e complicações clínicas.

Testes em modelos animais

A investigação avançou para experimentos em camundongos de pelagem vermelha e preta. As feridas foram monitoradas ao longo de vários dias e os resultados mostraram diferenças expressivas: 95% das feridas em animais de pelagem vermelha ainda apresentavam crostas após sete dias, contra 68,8% nos de pelagem escura.

Os camundongos ruivos também demonstraram reepitelização mais lenta e maior produção de NETs (armadilhas extracelulares de neutrófilos), estruturas que, apesar de combaterem patógenos, quando persistentes, intensificam a inflamação e dificultam a regeneração da pele.

Avanços terapêuticos e possíveis tratamentos

Uso de agonista do MC1R

Diante das evidências, os cientistas testaram um agonista tópico do MC1R em metade dos camundongos feridos, enquanto o restante recebeu um gel neutro. Os resultados foram considerados promissores.

A ativação seletiva do MC1R restaurou significativamente a cicatrização, reduziu o exsudato, melhorou a vascularização, diminuiu a produção de NETs e ainda reduziu a formação de cicatrizes em feridas agudas.

O tratamento apresentou uma redução de 33% na área da ferida no 14º dia e de 68% no 21º dia em comparação ao grupo controle.

Limitações do tratamento

Apesar do avanço, o agonista do MC1R só demonstrou eficácia em indivíduos com alguma atividade funcional do gene. Em variantes totalmente inativas, comuns em pessoas ruivas, o tratamento não apresentou resultados satisfatórios.

Por esse motivo, os testes terapêuticos foram realizados em camundongos de pelagem escura, cujo MC1R permanecia ativo. Ainda assim, os pesquisadores acreditam que boa parte dos pacientes com feridas crônicas possui alguma atividade do gene, o que abre espaço para tratamentos personalizados.

Impactos para a medicina e saúde pública

Um novo olhar sobre feridas de difícil cicatrização

As feridas crônicas são responsáveis por longos períodos de internação, aumento dos custos hospitalares e considerável queda na qualidade de vida dos pacientes. A identificação do papel do MC1R representa um passo importante na compreensão dos mecanismos biológicos envolvidos nesse problema.

Possibilidade de terapias direcionadas

O estudo reforça a importância da medicina personalizada, na qual fatores genéticos passam a ser considerados na escolha do tratamento. Segundo a equipe de Edimburgo, ensaios clínicos em humanos estão próximos de começar, o que pode levar a soluções inovadoras e mais eficazes para milhões de pessoas.

Perspectivas futuras

A descoberta do envolvimento do gene MC1R na cicatrização amplia significativamente o entendimento sobre como características genéticas influenciam processos biológicos fundamentais. A expectativa é que novas pesquisas aprofundem esses achados e desenvolvam terapias específicas para pacientes com feridas crônicas resistentes aos tratamentos convencionais.

Tags: cicatrizaçãoestudo PNASferidas crônicasgenéticainflamaçãoMC1Rpelereepitelizaçãoúlceras

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