Gatos têm uma natureza curiosa e muitas vezes misteriosa. Um comportamento comum entre eles é se aproximarem de pessoas que não estão se sentindo bem ou que estão doentes. Cientistas e veterinários têm se debruçado sobre esse comportamento para entender melhor os instintos e habilidades dos felinos. A seguir, discutiremos por que os gatos são atraídos para pessoas doentes e o que isso pode revelar sobre seus sentidos aguçados e a relação emocional que eles compartilham com seus tutores.
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Como os gatos percebem que estamos doentes?
Olfato apurado
Os gatos têm um olfato muito mais apurado que o dos humanos, sendo cerca de 14 vezes mais sensíveis. Essa habilidade permite que eles detectem variações no cheiro do corpo humano, como alterações no hálito e na pele, que podem indicar doenças. Com esse olfato aguçado, o felino pode sentir até as pequenas mudanças químicas associadas a estados de mal-estar ou enfermidades.
Alterações na temperatura corporal
Outra capacidade dos gatos é perceber variações na temperatura do corpo humano. Se um tutor está com febre ou outras condições que elevem a temperatura da pele, o gato pode sentir isso facilmente e se aproximar em busca de calor. O instinto dos felinos de buscar lugares quentes pode explicar por que eles se aproximam mais de seus tutores quando estes não estão bem.
Mudanças no comportamento do tutor
Além das alterações físicas, os gatos são altamente perceptivos ao comportamento humano. Mudanças no tom de voz, na movimentação ou na disposição das pessoas também podem indicar que algo não está bem. Os gatos, então, adaptam suas reações e passam a ficar mais próximos, demonstrando cuidado e buscando proporcionar conforto.
Exemplos de comportamentos felinos
O caso de Oscar, o gato previsor
Um exemplo notório de um comportamento felino em situações de doença é o caso de Oscar, um gato que se tornou famoso por sua habilidade em prever a morte de pacientes em um hospital nos Estados Unidos. Oscar se aproximava e se deitava ao lado de pacientes que estavam em estágio terminal, muitas vezes algumas horas antes do falecimento. Isso gerou muitos questionamentos sobre a capacidade dos gatos de detectar mudanças no corpo humano, mesmo em situações extremas.
Comportamento comum dos gatos perto de tutores doentes
Quando uma pessoa está doente, é comum que o gato altere seu comportamento, buscando maior proximidade. Os gatos frequentemente:
- Se aproximam mais de seus tutores, oferecendo companhia e conforto.
- Ronronam mais do que o habitual, já que o ronronar tem um efeito calmante tanto para o felino quanto para o humano.
- Ficam mais atentos ao comportamento do tutor, observando suas mudanças físicas e emocionais.
- Alteram sua rotina, muitas vezes ficando mais próximos do tutor ou até ajustando seus horários de sono para acompanhar o ritmo da pessoa.
Esses comportamentos sugerem que os gatos têm uma percepção sensível e instintiva das mudanças no estado de saúde de seus tutores e respondem com uma necessidade de proximidade e apoio.
A relação terapêutica entre gatos e seres humanos

Benefícios emocionais da companhia dos gatos
A presença de um gato pode trazer benefícios emocionais significativos para a pessoa doente. O simples ato de acariciar um gato pode ajudar a reduzir os níveis de estresse, ansiedade e até de dor. O ronronar, que é associado ao comportamento calmante dos felinos, também tem efeitos terapêuticos, podendo ajudar a melhorar o estado emocional do tutor.
Terapias assistidas por animais
Em muitas instituições de saúde, gatos têm sido usados em terapias assistidas, proporcionando suporte emocional a pacientes, especialmente aqueles em situações de recuperação ou cuidados paliativos. Sua presença pode melhorar o humor, aliviar a sensação de dor e ajudar na redução de sintomas de depressão e ansiedade. A interação com os felinos tem se mostrado benéfica não apenas para quem está fisicamente doente, mas também para quem sofre emocionalmente, proporcionando um alívio mental e físico.
Considerações finais
Os gatos, com seus sentidos aguçados e comportamentos intuitivos, desempenham um papel importante na percepção e resposta a mudanças no estado de saúde de seus tutores. Embora não possuam a capacidade de diagnosticar doenças, sua sensibilidade e comportamento afetuoso podem proporcionar conforto e apoio emocional em momentos de mal-estar. Entender e valorizar essa conexão pode fortalecer o vínculo entre humanos e felinos, promovendo bem-estar mútuo. O comportamento dos gatos não só ilustra a complexidade de sua percepção sensorial, mas também a profundidade do laço afetivo que podem desenvolver com seus tutores.













