A nova geração de bilionários brasileiros
A revista Forbes Brasil divulgou em 2025 a lista dos mais ricos do país, incluindo os nomes que formam a nova elite jovem da riqueza. Entre os 300 bilionários brasileiros, apenas 27 têm menos de 40 anos — e, dentro desse grupo, 10 se destacam como os mais jovens. O levantamento mostra um cenário onde a herança familiar domina, com apenas um caso de trajetória “self-made”, ligado ao setor de tecnologia.
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Os 10 bilionários mais jovens do Brasil em 2025
Amelie Voigt Trejes — 20 anos
Com apenas 20 anos, Amelie figura como a mais jovem bilionária brasileira. Sua fortuna, avaliada em R$ 3,4 bilhões, vem da participação na WEG, multinacional catarinense que se tornou referência global em motores elétricos e soluções industriais.
Lívia Voigt — 20 anos
Também com 20 anos, Lívia herdou cerca de R$ 6,6 bilhões da mesma companhia. Sua posição de destaque chamou a atenção da Forbes internacional, que a colocou entre as bilionárias mais jovens do mundo.
Felipe Voigt Trejes — 23 anos
Outro herdeiro da WEG, Felipe aparece na lista com patrimônio próximo a R$ 3,6 bilhões. Sua presença reforça a influência da família Voigt no mercado industrial brasileiro e mundial.
Pedro Voigt Trejes — 23 anos
Irmão gêmeo de Felipe, Pedro também figura entre os jovens mais ricos, com fortuna equivalente a R$ 3,6 bilhões, sustentada pela mesma participação acionária na multinacional.
Helena Marina da Silva Petry — 23 anos
Helena, integrante da família fundadora da WEG, detém aproximadamente R$ 1,9 bilhão. Apesar da pouca idade, já é considerada uma das herdeiras mais importantes da indústria nacional.
Ana Flávia da Silva Petry — 26 anos
Com fortuna similar à da irmã Helena, Ana Flávia possui R$ 1,9 bilhão e segue como parte do grupo de herdeiros ligados à gigante catarinense.
Dora Voigt de Assis — 27 anos
Aos 27 anos, Dora Voigt de Assis também aparece no ranking. Com patrimônio estimado em R$ 6,6 bilhões, é mais uma representante da família Voigt a integrar a lista da Forbes.
Pedro Franceschi — 28 anos
Diferente da maioria, Pedro não é herdeiro. Co-fundador da fintech Brex, ao lado de Henrique Dubugras, construiu uma fortuna avaliada em R$ 3,3 bilhões. É o único nome da lista que conquistou riqueza por meio de empreendedorismo e inovação tecnológica, sendo um exemplo raro no Brasil.
Izabela Henriques Feffer — 28 anos
Ligada ao Grupo Suzano, gigante da indústria de papel e celulose, Izabela herdou cerca de R$ 2,3 bilhões. Sua presença confirma a força das dinastias empresariais brasileiras no ranking da Forbes.
Max Van Hoegaerden Herrmann Telles — 29 anos
Com R$ 29,3 bilhões, Max é um dos maiores herdeiros brasileiros, associado ao império da AB InBev e à gestora 3G Capital, controlada por famílias que redefiniram o setor de bebidas no mundo.
O peso da herança entre os jovens bilionários

Predomínio de uma única empresa
Dos 10 nomes listados, 7 são herdeiros da WEG, o que demonstra como a empresa catarinense se consolidou não apenas como referência no setor industrial, mas também como geradora de fortunas familiares.
A exceção da regra
Pedro Franceschi é a prova de que inovação tecnológica pode transformar jovens em bilionários no Brasil. Seu caso mostra que, apesar do domínio das heranças, existe espaço para trajetórias construídas a partir do zero, ainda que sejam exceções.
Diversificação de setores
Além da indústria, outros segmentos como papel e celulose (Suzano) e bebidas (AB InBev) também figuram na lista, ampliando o mapa das fortunas brasileiras e revelando concentração em setores tradicionais.
O que revela a lista da Forbes 2025
Concentração de renda
A presença majoritária de herdeiros confirma que o Brasil ainda mantém forte concentração de riqueza em torno de poucas famílias empresariais.
A ausência de novos empreendedores
Com apenas um nome independente de heranças, a lista reflete a dificuldade que jovens empreendedores enfrentam para acumular fortunas bilionárias no país.
Perspectivas futuras
Especialistas apontam que áreas como fintechs, inteligência artificial e energia renovável podem abrir caminho para novos bilionários brasileiros fora dos tradicionais grupos familiares.
Considerações finais
A lista da Forbes 2025 mostra que os bilionários mais jovens do Brasil são, em sua maioria, herdeiros de empresas que moldaram a economia nacional nas últimas décadas. A exceção de Pedro Franceschi demonstra que inovação e tecnologia ainda podem criar novas histórias, mas por enquanto o poder econômico continua concentrado em dinastias familiares. O futuro dirá se esse cenário permanecerá ou se novos nomes conseguirão romper essa barreira.


