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O MELHOR PAPEL DE SUA VIDA: Adam Sandler brilha em filme que vai mexer com você

by Gisele
7 de abril de 2025 - Updated on 4 de novembro de 2025
adam sandler

Divulgação - Netflix

Ao contrário da famosa frase de Tolstói — “todas as famílias felizes se parecem; as infelizes são infelizes cada uma à sua maneira” —, o filme “Os Meyerowitz: Família Não Se Escolhe” nos convida a observar que até o infortúnio familiar compartilha estruturas comuns. Feridas emocionais se repetem, ressentimentos passam de geração em geração, e mesmo no caos, os laços continuam.

Esse drama dirigido por Noah Baumbach não apenas mergulha nas dores silenciosas e nas frustrações não ditas de uma família de Nova York, mas também nos presenteia com performances tocantes e surpreendentes, especialmente a de Adam Sandler.

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O filme mais popular da Netflix em 2025 já acumula 30 milhões de visualizações em apenas cinco dias.

Noah Baumbach: o cronista da alma familiar

Um diretor com sensibilidade para conflitos cotidianos

Noah Baumbach é reconhecido por explorar com delicadeza e ironia os dramas das relações humanas. Em “Os Meyerowitz”, ele mais uma vez se mostra atento aos pequenos gestos, às palavras não ditas e aos silêncios que dizem tudo. Seu olhar não julga, apenas observa — com sensibilidade, inteligência e honestidade.

Enredo: uma família em colisão com o passado

O pai ausente e os filhos à deriva

No centro da história está Harold Meyerowitz, um escultor aposentado interpretado com brilhantismo por Dustin Hoffman. Orgulhoso, crítico e egocêntrico, Harold é um homem que, mesmo na velhice, se recusa a reconhecer suas falhas como pai. Seus filhos — Danny (Adam Sandler), Matthew (Ben Stiller) e Jean (Elizabeth Marvel) — cresceram à sombra de sua indiferença emocional, e agora tentam, cada um à sua maneira, buscar validação ou simplesmente sobreviver às mágoas da infância.

Danny, um músico que abandonou a carreira e trabalha com construções, vive um momento de fragilidade: está se separando e prestes a ver sua filha sair de casa. Já Matthew, bem-sucedido financeiramente, mora em Los Angeles e volta a Nova York para lidar com o pai, mas nunca se livrou do peso de tentar agradá-lo. Jean, a filha invisível, permanece em silêncio quase todo o tempo — e é justamente em seus silêncios que mora sua força.

Adam Sandler em sua atuação mais madura

O comediante que prova ser um grande ator dramático

Acostumado a papéis cômicos, Adam Sandler surpreende o público e a crítica ao entregar uma performance profundamente humana, vulnerável e comovente. Seu Danny é um homem frágil, gentil, mas cheio de dores antigas. Sua relação com o pai é carregada de frustrações, mas também de uma esperança quase infantil por reconhecimento.

Sandler constrói esse personagem com gestos sutis, pausas longas e uma emoção que transborda sem nunca escorregar para o exagero. É, sem dúvida, uma das melhores atuações de sua carreira, equiparável ao que fez em “Joias Brutas” e, mais recentemente, em “Arremessando Alto”.

Um elenco que brilha em sintonia

Dustin Hoffman, Ben Stiller e Emma Thompson completam o drama

Além de Sandler, o filme conta com atuações poderosas. Dustin Hoffman vive um Harold tão irritante quanto fascinante: um homem que quer ser amado, mas não sabe demonstrar afeto. Ben Stiller interpreta Matthew com um misto de controle e contenção, mas sua raiva reprimida explode em momentos pontuais com força.

Emma Thompson, quase irreconhecível, interpreta Maureen, a atual esposa de Harold, com uma excentricidade leve e cômica que traz alívio à tensão. Já Grace van Patten vive Eliza, a filha de Danny, em um momento de transição para a vida adulta — a única da nova geração que parece pronta para romper o ciclo.

As dinâmicas familiares como campo de batalha

A guerra silenciosa entre amor e ressentimento

Os Meyerowitz não são apenas uma família disfuncional — são um microcosmo da própria humanidade em conflito. A competição entre irmãos, o desejo de aprovação dos pais, a frustração de sonhos interrompidos, tudo isso pulsa sob a superfície de cada cena.

Não há vilões nem heróis. Todos são falhos, frágeis, humanos. A beleza do filme está em mostrar que o amor familiar pode coexistir com a dor. Que, apesar dos traumas, seguimos tentando — e isso já é, por si só, um ato de resistência emocional.

Humor e dor caminham lado a lado

adam sandler
Imagem: CeltStudio / Shutterstock.com

A arte de rir enquanto o coração sangra

Apesar de ser um drama, “Os Meyerowitz” é frequentemente engraçado. O humor surge das situações cotidianas, das ironias da vida, dos comportamentos excêntricos dos personagens. Noah Baumbach domina essa mistura, fazendo o espectador rir e chorar muitas vezes na mesma cena.

A sequência entre Hoffman e Stiller em um restaurante é um exemplo perfeito dessa fusão: um diálogo tenso, cômico e triste ao mesmo tempo, que revela feridas abertas com uma sutileza desconcertante.

Um filme com alma e humanidade

Técnica refinada e roteiro afiado

A narrativa é construída em blocos, quase como contos curtos dentro de um romance familiar. O roteiro aposta em elipses, repetições e cortes secos que reforçam a sensação de uma família fragmentada. A trilha sonora, minimalista, contribui para o tom emocional, sem manipular os sentimentos do público.

Visualmente, o filme valoriza os ambientes internos e a cidade de Nova York como pano de fundo emocional. O uso da luz e da sombra revela a atmosfera melancólica, mas também afetuosa, da trama.

A herança de Ingmar Bergman e o eco de “História de um Casamento”

A continuidade do olhar sobre o casamento e a família

Dois anos depois, Baumbach lançaria “História de um Casamento”, consolidando seu lugar entre os grandes cineastas contemporâneos. Se “Os Meyerowitz” fala sobre a relação entre pais e filhos, “História de um Casamento” mergulha nas ruínas do amor conjugal.

Ambos os filmes dialogam diretamente com a obra do sueco Ingmar Bergman, mestre em retratar conflitos familiares com profundidade e dor. Baumbach, no entanto, adiciona a leveza do humor e a ironia como formas de sobrevivência emocional.

Considerações finais

“Os Meyerowitz: Família Não Se Escolhe” é mais do que um filme sobre família. É um retrato sensível e doloroso das tentativas humanas de amar, de perdoar e de encontrar sentido no meio do caos emocional. Com atuações memoráveis, especialmente de Adam Sandler, e direção precisa de Noah Baumbach, o longa se firma como uma das melhores obras sobre relações familiares da última década.

Ver esse filme é também se ver refletido — seja nos irmãos que não se entendem, no pai que não sabe amar, ou no filho que tenta, em silêncio, seguir em frente. Um drama que emociona pela verdade e toca pela empatia.

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